Da experiência do cinema novo ao novo cinema brasileiro do século XXI: uma abordagem sociológica e política do filme Bacurau

Autores

  • José de Lima Soares INHCS/UFCAT - GO

Resumo

O artigo se propõe a fazer uma análise do surgimento do Cinema Novo na contextualidade do quadro histórico-político marcado pelo populismo do final dos anos de 1950 e começo de 1960, passando pelo golpe civil-militar de 1964 e o desdobramento da ditadura militar que se prolongou por 21 anos. A ideia é demonstrar que o surgimento do Cinema Novo significou um avanço para além dos limites do cinema da época, mostrando a realidade social e política especialmente a partir de importantes nomes como Nelson Pereira dos Santos, Glauber Rocha, Joaquim Pedro de Andrade, Luiz Sérgio Person, Eduardo Coutinho, Roberto Santos, Ruy Guerra, Cacá Diegues, Leon Hirszhman, entre tantos outros. Dessa experiência surge uma nova linguagem que no cinema abre caminho para uma produção cinematográfica inovadora e uma interpretação crítica da realidade social e política brasileira. É um momento histórico que se caracteriza por um vasto painel que emerge como um verdadeiro caleidoscópio cultural e político, que inicia-se com o fim da ditadura estadonovista de Getúlio Vargas, passando pelo populismo com a política de Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e João Goulart, e chegando à derrocada das propostas populistas com o golpe civil-militar, que derrubou o governo de Jango. Na segunda parte, pretendo abordar o novo cinema emergente no século XXI no contexto histórico-político marcado pelo avanço da direita (e do bolsonarismo) a partir da obra de resistência de Kleber Mendonça Filho, envolvendo seu último filme, Bacurau, lançado em 2019, com ampla repercussão no Brasil e no mundo.

 

Palavras-Chave: Cinema Novo; Glauber Rocha; Bacurau; Bolsonarismo.

Biografia do Autor

José de Lima Soares, INHCS/UFCAT - GO

O artigo se propõe a fazer uma análise do surgimento do Cinema Novo na contextualidade do quadro histórico-político marcado pelo populismo do final dos anos de 1950 e começo de 1960, passando pelo golpe civil-militar de 1964 e o desdobramento da ditadura militar que se prolongou por 21 anos. A ideia é demonstrar que o surgimento do Cinema Novo significou um avanço para além dos limites do cinema da época, mostrando a realidade social e política especialmente a partir de importantes nomes como Nelson Pereira dos Santos, Glauber Rocha, Joaquim Pedro de Andrade, Luiz Sérgio Person, Eduardo Coutinho, Roberto Santos, Ruy Guerra, Cacá Diegues, Leon Hirszhman, entre tantos outros. Dessa experiência surge uma nova linguagem que no cinema abre caminho para uma produção cinematográfica inovadora e uma interpretação crítica da realidade social e política brasileira. É um momento histórico que se caracteriza por um vasto painel que emerge como um verdadeiro caleidoscópio cultural e político, que inicia-se com o fim da ditadura estadonovista de Getúlio Vargas, passando pelo populismo com a política de Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e João Goulart, e chegando à derrocada das propostas populistas com o golpe civil-militar, que derrubou o governo de Jango. Na segunda parte, pretendo abordar o novo cinema emergente no século XXI no contexto histórico-político marcado pelo avanço da direita (e do bolsonarismo) a partir da obra de resistência de Kleber Mendonça Filho, envolvendo seu último filme, Bacurau, lançado em 2019, com ampla repercussão no Brasil e no mundo.

 

Palavras-Chave: Cinema Novo; Glauber Rocha; Bacurau; Bolsonarismo.

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Publicado

2020-07-11