Não há revolução sem movimento:
disputas e tensões em torno da Parada LGBT de Sergipe
DOI:
https://doi.org/10.29327/217579.8.2-6Palavras-chave:
Parada LGBTResumo
A Parada LGBT de Sergipe resulta do engajamento de ONGs, ativistas e militantes individuais que reivindicam melhorias para a população LGBTQIA+. Durante o planejamento e a execução da Parada surgem divergências que ocasionam tensões e conflitos entre os (as) envolvidos (as). Dessa forma, o presente artigo tem como objetivo analisar como se apresentam as relações de poder que constituem a construção da Parada LGBT de Sergipe. O percurso metodológico do trabalho envolveu levantamento bibliográfico, entrevistas e etnografia por meio da observação participante. A partir desta análise, percebe-se que a Parada LGBT de Sergipe é construída com muito diálogo entre as partes envolvidas, mas há também muitas divergências nos posicionamentos, especialmente de ordem política por parte de alguns/as coordenadores/as e apoiadores/as do evento. Tais atitudes terminam por resultar no rompimento de parcerias entre as instituições e/ou entre os/as militantes, seja de forma temporária ou definitiva.
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