Não-humanos e suas espacialidades: aparições dos aluxes em Mérida, nas bordas da cidade

Autores

  • Marcos H. B. Ferreira Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás)
  • Janine Helfst Leicht Collaço Universidade Federal de Goiás (UFG)

DOI:

https://doi.org/10.29327/217579.7.2-4

Palavras-chave:

racismo, aluxes, Maya contemporâneos, segregação espacial

Resumo

Reunimos neste artigo alguns depoimentos sobre seres não-humanos, presentes na cosmologia maya, que habitam o espaço da cidade de Mérida hoje, no sudeste mexicano, no estado de Yucatán. Analisamos estes depoimentos a partir das experiências dos Maya em relação à cidade, como são tratados os conflitos vividos no espaço urbano e como podemos compreender aspectos  importantes sobre a experiência étnica em um contexto urbano marcado pelo racismo histórico, as violências e a segregação.

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Biografia do Autor

Marcos H. B. Ferreira, Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás)

Doutor em antropologia (2020) pelo PPGAS/UFG. Professor do IGPA/PUC Goiás. Realizou intercâmbio de doutorado no CIESAS/México (2018-2019). Coordena a pesquisa Memórias da Floresta: os cinquenta anos de Adrian Cowell na Amazônia através de imagens (IGPA/PUC Goiás)

Janine Helfst Leicht Collaço, Universidade Federal de Goiás (UFG)

Doutora em Ciências Sociais (Antropologia). Professora da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás. Coordenadora do Grupo de Estudos em Consumo, Cultura e Alimentação da Universidade Federal de Goiás (GECCA-UFG) e do Centro de Ciência e Tecnologia em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional de Região Centro-Oeste (Centro SSAN).

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Publicado

2023-06-13

Edição

Seção

Dossiê Temático Memórias Sensíveis, Contramemórias e Patrimônios Incômodos