Empregos produzidos pelo agronegócio

Discutindo o trabalho de assalariados rurais indígenas nos pomares de maçã

Autores

  • Graziela da Silva Motta Instituto Federal Farroupilha

DOI:

https://doi.org/10.29327/217579.7.1-5

Palavras-chave:

Trabalho rural indígena, Agrotóxicos, Produção de maçã

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar os usos do trabalho de indígenas em empregos gerados no campo pela economia do agronegócio, a partir da experiência das atividades de raleio e de colheita realizadas por trabalhadores indígenas nos pomares de maçãs no Sul do Brasil. Trata-se de uma pesquisa desenvolvida entre 2013 e 2019, nos estados do Mato Grosso do Sul (MS) e do Rio Grande do Sul (RS), a qual utilizou a metodologia de Amostragem em Cadeia por Referência para geração de dados, bem como documentos sem tratamento analítico. Nesta investigação, discute-se a preferência dos produtores de maçã por esse perfil de trabalhador, destacando as formas de contratação e as condições de trabalho que são submetidos os trabalhadores em locais onde agrotóxicos também transitam.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Graziela da Silva Motta, Instituto Federal Farroupilha

Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2019). Possui Licenciatura em Sociologia pela Universidade Federal de Santa Maria (2014), Bacharelado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Santa Maria (2010) e Mestrado em Ciências Sociais pela U niversidade Federal de Santa Maria (2013). Atualmente é docente efetiva em regime de dedicação exclusiva no Instituto Federal Farroupilha, Campus Frederico Westphalen/RS.

Referências

ACOSTA, Alberto; BRAND, Ulrich. Pós-extrativismo e decrescimento: saídas do labirinto capitalista. São Paulo: Elefante, 2018.

BECKER, Howard. Outsiders: estudos de sociologia do desvio. 2ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

BIERNARCKI, Patrick.; WALDORF, Dan. Snowball sampling-problems and techniques of chain

referral sampling. In: Sociological Methods and Research, v. 10, p. 141-163, 1981.

CUNHA, Antônio. Dicionário etimológico nova fronteira da língua portuguesa. 2ª ed. Rio de

Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

FERREIRA, Andrey. Etnicidade, territorialização e agronegócio: as frentes de expansão agrícola e

as dinâmicas econômicas Terena e Paresi. In: ANPOCS, 35, 2011, Caxambu/MG.

MENEZES, Marilda. Redes e enredos nas trilhas dos migrantes: um estudo de famílias camponeses-migrantes. Rio de Janeiro: Relume Dumará; João Pessoa: EDUFPB, 2002.

MOTTA, Graziela. Trabalho assalariado e trabalhadores indígenas nos pomares de maçã no Sul

do Brasil. Tese (Doutorado em Sociologia e Antropologia) Universidade Federal do Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, 2019.

MOTTA, Graziela. Migração e contratação de trabalhadores indígenas empregados pela economia do agronegócio. Porto Alegre, Iluminuras, v. 21, n. 52, p. 96-118, 2020.

POLANYI, Karl. A grande transformação: as origens da nossa época. 2ª ed. Rio de Janeiro:

Campus, 2000.

POLANYI, Karl. A subsistência do homem e ensaios correlatos. Rio de Janeiro: Contraponto,

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo. (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Buenos Aires: CLACSO, 2005.

SILVA, Maria. Errantes do fim do século. São Paulo: Fundação da Editora da UNESP, 1999.

SILVA, Maria. A luta pela terra: experiência e memória. São Paulo: UNESP, 2004.

SILVA, Maria. Mulheres volantes. Um estudo sobre o trabalho assalariado feminino no rural paulista. Travessia – Revista do Migrante. Ano XXXI, nº. 83, maio agosto, p. 183-190, 2018.

SILVA, José. Progresso técnico e relações de trabalho na agricultura. São Paulo: Editora Haucitec, 1981.

Downloads

Publicado

2022-12-19

Edição

Seção

Dossiê Temático Memórias Sensíveis, Contramemórias e Patrimônios Incômodos