A memória do tráfico negreiro em Moçambique
Análise a partir do Currículo local na Escola Primária 7 de abril da Cidade de Inhambane
DOI:
https://doi.org/10.69696/somanlu.v24i2.16909Palavras-chave:
Tráfico Negreiro, Porto de Inhambane, Saberes Locais, Currículo LocalResumo
Sabe-se que a Educação Colonial em Moçambique combateu a integração dos Saberes locais, por considerar tradicionais e, portanto, atrasados, ao que comprometeriam o projeto do colonialismo português. Imediatamente pós-independência, a partir da reformulação do Sistema de Educação Colonial (SEC) à criação do Sistema Nacional de Educação (SNE), através da Lei 4/83, os Saberes locais ganharam significado, embora subtendido, na formação dos aluno/as. Em seguida, com a introdução da Lei 6/92 e a aprovação do Novo Currículo do Ensino Básico, em 2003 os Saberes locais sob designação de Currículo local, passaram a integrar parte das disciplinas curriculares e reservou-se 20% do tempo letivo na Disciplina de Ciências Sociais que decorria da 4ª-7ª Classes. Deste modo, o artigo busca analisar o tráfico negreiro nos portos de Inhambane, como saber local na Escola Primária 7 de Abril da Cidade de Inhambane.
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