MULTIPLICIDADE SEXUAL NOS REGISTROS RUPESTRES DO PARQUE NACIONAL SERRA DA CAPIVARA – PI (BRASIL)
DOI:
https://doi.org/10.29327/233099.20.2-6Resumen
Estudos arqueológicos recentes vem se dedicando em temáticas pouco debatidas em tempos atuais, a temática “sexualidade” é um exemplo dessas novas abordagens. Dentro das concepções e abordagens antropológicas, esses saberes se relacionam tanto à crescente compreensão de que as condutas sociais se alteram no tempo e no espaço, quanto às transformações comportamentais nas sociedades contemporâneas. No Brasil, diversos estudos e pesquisas buscam compreender temas diversificados e pouco aprofundados nas áreas da arqueologia histórica e pré-histórica, dando relevância e protagonismo às vozes do presente e do passado (Allen, 2006; Carvalho & Funari, 2009). A sexualidade como atividade cultural, compreende fatores ritualíscos e espirituais (Marquetti & Funari, 2013), correlacionados à cooperação e aos conflitos (Grillo, Garraffoni & Funari, 2011). Nessa perspectiva, este estudo busca melhor compreender um importante elemento do patrimônio cultural brasileiro: a sexualidade na arte rupestre nas áreas que acercam o Parque Nacional Serra da Capivara (PNSC), Piauí.
Dessa forma, se faz necessário informar ao leitor de onde vieram as imaginações, explanações e ponderações, descrevendo a sua história, ou o que antecedeu (Funari et al., 2018). Segundo Justamand (2019a), trata-se de uma forma de oferecer justificativas, trajetórias e reflexões que se fizeram indispensáveis até a finalização da escrita, ora apresentada, onde esses registros têm inúmeras configurações de subsídios, histórias e precedências. Nesse contexto, encontram-se os trabalhos de campo transformados em textos, publicados em Anais, baseados nas exposições orais ocorridas em eventos locais, regionais, nacionais e internacionais, com a temática do Projeto de Pesquisa Diversidade Sexual Ancestral que se fundamenta e legitima por serem raras as pesquisas arqueologia relacionadas à sexualidade no país (Gontijo & Schaan, 2017).
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A Somanlu: Revista de Estudos Amazônicos faz uso de licença Creative Commons de atribuição (CC BY 4.0)