Biopolítica, Necropolítica e Decolonialidade Interseccional em algumas análises dos racismos de Estado e sociedade no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.69696/somanlu.v24i1.15560Palavras-chave:
Biopolítica, Necropolítica, Racismos, Interseccionalidade, DecolonialidadeResumo
O artigo teve o objetivo de analisar a biopolítica, a necropolítica e a decolonialidade sob a articulação com a interseccionalidade para colocar em crítica o racismo de Estado e de sociedade, no Brasil, especialmente por alguns aspectos do Brasil República. Buscou-se problematizar o deixar morrer de mulheres negras, sob a insígnia de democracia racial e mestiçagem como dispositivos de governo da população. Ainda foi realizado um olhar em perspectiva de aspectos dos feminismos negros na criação de efeitos políticos importantes nas resistências à negação do racismo e da violência de gênero como marcadores sociais que andam conjuntamente na prática de deixar morrer e matar em nome da vida. Por fim, aponta-se a relevância de trabalhos que tragam estas articulações conceituais e metodológicas como operadora de ruptura com os racismos de sociedade e de Estado, no presente brasileiro.
Downloads
Referências
AKOTIRENE, C. Interseccionalidade. São Paulo: Polén, 2019.
ANDRADE, Vera Regina P. de. Pelas Mãos da Criminologia: o controle penal para além da desilução. Rio de Janeiro: Revan, 2012.
CAMÂRA, F. D. da S. Mulheres negras amazônidas frente à morenidade. O lugar da Psicologia, os territórios de resistência. Dissertação de Mestrado em Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia, Universidade Federal do Pará, Belém-PA, 2017.
BOLSANELLO, Maria Augusta. Darwinismo social, eugenia e racismo científico: sua repercussão na sociedade e na educação brasileira. In: Educar em Revista. n. 12, 1996.
CARDOSO, L. O branco ante a rebeldia do desejo: um estudo sobre a branquitude no Brasil. Tese de Doutorado em Ciências Sociais, Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, UNESP, Araraquara, 2014.
CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 7. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
CARNEIRO, Sueli. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2011.
CONRADO, M.; CAMPELO, M.; RIBEIRO, A. Metáforas da cor: morenidade e territórios da negritude nas construções de identidades negras na Amazônia paraense. Afro-Ásia, 51, p. 213-246, 2015.
CRENSHAW, K. Mapping the margins: intersectionality, identity politics and violence against women of color. In: FINEMAN, Martha Albertson & MYKITIUK, Roxanne (orgs.). The public nature of private violence. Nova York, Routledge, 1994. p. 93-118.
DAVIS, Ângela. Estarão as prisões obsoletas? Rio de Janeiro: Difel, 2018.
DAVIS, Ângela. A democracia da abolição. Para além do Império, das prisões e da tortura. Rio de Janeiro: Difel, 2019.
DAVIS, Ângela. Mulheres, Raça e Classe. Publicado originalmente em 1981. Traduzido - São Paulo: Boitempo, 2016.
DONZELOT, Jacques. A polícia das famílias. Rio de Janeiro: Graal, 1980.
DOMINGUES, Petrônio. O mito da democracia racial e a mestiçagem no Brasil (1989-1930). Diálogos latino-americanos, n. 10, 2005.
FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
FOUCAULT, Michel. Os anormais. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
FOUCAULT, Michel. Nascimento da Biopolítica. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 2006.
GUIMARÃES, A. S. A. Racismo e anti-racismo no Brasil. 34ª ed. Rio de Janeiro, 1999.
LUGONES, María. Colonialidad y Gênero. In: E. S. P. Yüderkys; GÓMEZ, Diana y Ochoa, Karina (Eds.). Tejiendo de otro modo: Feminismo, epistemología y apuestas descoloniales en Abya Yala. Popayán: Editorial Universidad dei Cauca, 2014.
MASIERO, A. L. A psicologia racial no Brasil (1918-1929). Estudos de Psicologia, v. 10, n. 2, p. 199-206, 2005.
MAYORGA, Cláudia e MAGALHÃES, Manuela de Sousa. Feminismo e as lutas pelo aborto legal ou por que a autonomia das mulheres incomoda tanto? In: MAIA, Mônica Bara. Direito de decidir: múltiplos olhares sobre o aborto. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. Trad. Marta Lança. Lisboa: Antígona, 2014.
MBEMBE, Achille. Necropolítica. São Paulo: N-1, 2018.
NASCIMENTO, Abdias. O Genocídio do Negro Brasileiro: Processo de um Racismo Mascarado. São Paulo: Perspectiva, 2017. (Sendo a data de publicação original 1978).
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires, v. 6, n. 1, jan.-abr. 2000.
RIBEIRO, D. O que é: lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento: Justificando, 2017.
SCHUCMAN, L. V. Sim, nós somos racistas: estudo psicossocial da branquitude paulistana. Psicologia & Sociedade, v. 26, n. 1, p. 83-94, 2014.
SCHUCMAN, Lia Vainer. Entre o "encardido", o "branco" e o "branquíssimo". Raça, hierarquia e poder na construção da branquitude paulistana. São Paulo: Banco de Teses, USP, 2012.
SCHWARCZ, Lilia K. Moritz. Uso e Abuso da Mestiçagem da Raça no Brasil: uma história das teorias raciais em finais do século XIX. In: Afro-Ásia, 18, 1996. Disponível © 2018 | Todos os direitos deste material são reservados ao Por dentro da África, conforme a Lei nº 9.610/98. A sua publicação, redistribuição, transmissão e reescrita sem autorização prévia é proibida.< https://www.pordentrodaafrica.com/educacao/as-politicas-de-branqueamento-1888-1920-uma-reflexao-sobre-o-racismo-estrutural-brasileiro>.
SILVA, Tainan M. G. O colorismo e suas bases históricas discriminatórias. Direito UNI-FACS–Debate Virtual, n. 201, 2017. Disponível em: <http://revistas.unifacs.br/index.php/redu/article/view/4760/3121>. Acesso em: 10 jul. 2019.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Flavia Cristina Silveira Lemos, Jéssica Lanne de Souza Silva Ikuma, Ronaldo Ferreira Pinheiro

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A Somanlu: Revista de Estudos Amazônicos faz uso de licença Creative Commons de atribuição (CC BY 4.0)