O fenômeno totalitário em distopias: uma análise da obra Jogos Vorazes, de Suzanne Collins
Resumo
O presente artigo tem como objetivo analisar a construção do imaginário e as representações do Totalitarismo em obras de ficção distópica, a partir de uma metodologia de análise qualitativa da trilogia de livros Jogos Vorazes, da autora Suzanne Collins. É elaborado à luz do conceito de representação, redigido por Roger Chartier, entendendo a literatura como uma ferramenta concreta de pesquisa histórica e de análise da realidade. Desse modo, investiga-se o Totalitarismo do século XX a partir das representações de seu imaginário político na obra literária de Collins, com base em definições de Hannah Arendt, Michel Foucault e outros autores relacionados. Assim, analisa como tais representações se constroem na literatura distópica diante de um estudo de caso de Jogos Vorazes. Portanto, o artigo procura compreender qual a construção específica do fenômeno totalitário do século XX nas distopias, a partir de um sistema próprio e específico de representação (Chartier, 1990) do imaginário político dos movimentos totalitários novecentistas.