Acusar e punir: a moralidade como uma estratégia de poder

Autores

  • Caio César Cuozzo Pereira Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Resumo

Fidélis dos Santos Amaral Netto (1921-1995) foi um jornalista, empresário e político brasileiro. Entre 1956 e 1960, ele fundou e dirigiu a revista Maquis no Rio de Janeiro. Em 1960, ele se elegeu como deputado constituinte da Guanabara pela União Democrática Nacional (UDN). Esse evento marcou o seu afastamento da direção de Maquis, restringindo a sua participação a atividade de articulista durante o governo Jânio Quadros (1961). Tendo em vista a sua condição de político e jornalista naquele contexto, este artigo questiona quais foram as suas ideias, as suas representações e os seus interesses expostos através de Maquis. À revelia da efemeridade do governo Quadros, se trata de um recorte temporal relevante em função de seus efeitos nos campos político, econômico e social. Deste modo, a hipótese proposta é a de que Amaral Netto instrumentalizou o ideário moralista do governo em um discurso de autolegitimação. Estratégia que, em alguma medida, ambicionava o exercício de poder perante a sociedade.

 

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Publicado

2023-11-14