Fórum Social Pan-Amazônico: pedagodias para adiar o fim do mundo
Resumo
Este artigo apresenta parte da trajetória do Fórum Social Pan-Amazônico (FOSPA)/Comitê Amapá de modo a analisar artesanias de práticas educacionais alternativas realizadas em encontros e processos formativos nos chamados “círculos de culturas”. O objetivo é relacionar os processos metodológicos, pedagógico-políticos adotados pelo FOSPA com a ecologia de saberes, voltadas ao “Bem Viver” em ambientes criativos não escolares. Para tanto, utilizou-se estratégias metodológicas qualitativas a partir da analise de registros dos círculos de culturas e da literatura e conceitos assentes na produção de Paulo Freire, Boaventura de Sousa Santos e Alberto Acosta, entre outros. A análise conclusiva sustenta que é possível esperançar por meio do FOSPA lutas e resistência em tempos difíceis, anti-democráticos que corroem as relações humanas e delas com a natureza. Alude-se também a necessidade de maior apropriação e consolidação de práticas educativas em ambientes criativos não escolares em consonância ao ensino e aprendizagens escolares em perspectivas críticas.