Conflitos territoriais e ambientais no mapa da cartografia social do sofrimento, fixados pelos grandes empreendimentos no nordeste paraense

Autores

  • Nelson Ramos Bastos UFPA

Resumo

Este artigo analisa conflitos territorial e ambiental, envolvendo grandes empreendimentos e povos tradicionais no Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) do município de Abaetetuba, região do Baixo Tocantins, Estado do Pará, Brasil. Para compreender as disputas e interesses em jogo, fez-se a etnografia dessa situação, entre os anos 2017 e 2019, utilizando aporte teórico da ecologia política e antropologia. Os resultados apontam uma convergência de interesses entre os atores do desenvolvimento, que não dialogam com os interesses dos povos originários do lugar, tais como a edição de leis que tem como maiores beneficiários as grandes companhias do agronegócio mundial e grupos empresariais. Ao se territorializarem nessa região, tais companhias têm desestruturado o mundo social da várzea do estuário amazônico e colocado em evidência o antagonismo cada vez mais forte entre meio ambiente e estratégias de desenvolvimento em áreas da periferia do sistema capitalista.

PALAVRAS-CHAVE: Direitos territoriais, Identidades coletivas, Disputas cartográficas

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Biografia do Autor

Nelson Ramos Bastos, UFPA

Doutorando em Agricuturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável - PPGAA/UFPA. Mestre em Cidades Territórios e Identidades - PPGCITI/UFPA. Graduado em Letras - UNIUBE. Desenvolve pesquisas com povos e comunidades tradicionais, é membro do Grupo de Pesquisa GEPIATI/UFPA e é pesquisador colaborador no Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia.

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Publicado

2022-12-21