AFROCENTRICIDADE E QUILOMBISMO: CONSIDERAÇÕES INICIAIS NA EDUCAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.29280/rappge.v10i1.18332Palavras-chave:
Afrocentricidade, Quilombismo, Educação, Episteme, População negra brasileiraResumo
O presente artigo refere-se a um trabalho acadêmico-científico que tem por objeto debater as construções conceituais de Afrocentricidade e Quilombismo, de modo a manifestar os meios de resistência da população africana e afrodiaspórica que reverberam na população negra brasileira, a fim de auxiliar na educação formal como luta antirracista. Tal produção procura percorrer as manifestações dos conceitos (suas causas e consequências) a partir da concretude vivida para apontar caminhos de luta antirracista no âmbito da educação. Os motivos para tal debate surgem à medida que ocorre um crescimento de acesso da população negra brasileira em todos os campos da sociedade, assim refletindo uma necessidade em ponderar os limites e as (re)significações dos conceitos. Deste modo, este artigo foi desdobrado em três seções: Afrocentricidade e quilombismo: qual é a definição de tais conceitos? Educação: posicionamentos intelectuais do Movimento Negro e da população negra brasileira; Afrocentricidade e Quilombismo na educação: reflexões substanciais. É constantemente necessário ampliar e revisitar as produções “afrodiaspóricas” a fim de desvencilhar o apagamento histórico cotidianamente feito. Assim, tem-se a urgência de relacionar produções concretas com necessidades concretas.
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