JOGO DO PRIVILÉGIO: ANÁLISE DE UMA EXPERIÊNCIA COM ESTUDANTES DO ENSINO SUPERIOR
DOI:
https://doi.org/10.29280/rappge.v10i1.17188Palavras-chave:
Relações Étnico-Raciais, curso de pedagogia, desigualdades estruturaisResumo
O artigo analisa o uso do Jogo do Privilégio como estratégia pedagógica em uma disciplina de Pedagogia da Universidade Federal do Pará (UFPA), com o objetivo de explorar como práticas lúdicas podem contribuir para a formação de professores em temas de relações étnico-raciais. A experiência ocorreu em 2023, durante a disciplina Educação e Relações Étnico-Raciais, onde os estudantes assumiram identidades diferentes das suas e enfrentaram situações que ilustravam desigualdades sociais e privilégios. O estudo buscou compreender o impacto dessa prática na reflexão sobre racismo, meritocracia e as complexidades das hierarquias sociais. Os resultados indicaram que o jogo incentivou uma maior empatia e engajamento dos estudantes, ampliando o debate sobre desigualdades estruturais e fortalecendo a construção de uma prática pedagógica crítica e inclusiva no ensino superior.
Referências
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. (2003). Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003: altera a Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Acesso em: 25 jul. 2025. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. (2004). Resolução CNE/CP 01/2004: diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. https://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/res012004.pdf. Acesso em: 25 jul. 2025.
COELHO, Wilma de Nazaré Bahia. Formação de professores e relações étnico-raciais (2003-2014): produção em teses, dissertações e artigos. Educar Em Revista, 34(69), 97–122, 2018. https://doi.org/10.1590/0104-4060.57233 Acesso em: 25 jul. 2025.
GOMES, Nilma Lino; SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves e. Experiências étnico-culturais para a formação de professores. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
IMBERNÓN, Francesc. Inovar o ensino e a aprendizagem na Universidade. São Paulo: Cortez, 2012.
IMBERNÓN, Francesc; MEDINA, José Luís. Aprendizagem na Universidade: Participação do estudante. Cortez, 2022.
SANTOS, Helio. A busca de um caminho para o Brasil: a trilha do círculo vicioso. 2. ed. São Paulo: SENAC, 2017.
SOUZA, Jessé. A ralé brasileira: quem é e como vive? Belo Horizonte: UFMG, 2009.
GONZALEZ, Lélia; HASENBALG, Carlos. Lugar de negro. Rio de Janeiro: Zahar, 2022.
GUIMARÃES, Antonio Sérgio Afredo. Classes, raças e democracia. São Paulo: Editora 34. 2002.
HASENBALG, Carlos. Discriminação e desigualdades raciais no Brasil. 2. ed. Belo Horizonte: UFMG; Rio de Janeiro: IUPERJ, 2005.
QUEIROZ, Delcele Mascarenhas. Mérito e inclusão: o dilema do acesso à Universidade pública. In: OLIVEIRA, Inês; ESPINOZA, Franciso; QUEIROZ, Delcele Mascarenhas. (Orgs.). Direitos humanos e povos tradicionais: um diálogo latino-americano. Salvador: EDUNEB, 2018, p. 177-218.
NOGUEIRA, Oracy. Preconceito de marca: as relações raciais em Itapetininga. São Paulo: EDUSP, 1998.
RIBEIRO, Djamila. O que é: lugar de fala? Belo Horizonte (MG): Letramento, 2017.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. Racismo no Brasil. 2 ed. São Paulo: PubliFolha, 2013.
SILVA, Maria das Graças Pereira; SILVA, Eudione Bezerra da; PINHO, Maria José de. Auniversidade pública como instituição social e a epistemologia da complexidade. Revista Amazônida: Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Amazonas, [S. l.], v. 10, n. 1, p. 01–15, 2025. DOI: 10.29280/rappge.v10i1.17392. Acesso em 25 de jul. de 2025.
SEYFERTH, Giralda. O beneplácito da desigualdade: breve digressão sobre o racismo. In: Racismo no Brasil. Petrópolis, RJ: ABONG, 2002, p. 17-44.
VIGOYA, Maria Viveiros; PINHO, Osmundo. Interseccionalidade. In: RIOS, Flávia; SANTOS, Márcio André; RATTS, Alex. (Orgs.) Dicionário das relações étnico-raciais contemporâneas. São Paulo: Perspectiva, 2023, p. 194-200.



















