Nos en-contros, des-encontros e re-encontros com o adolescer:
ser-plantonista e a pluridimensionalidade do ek-sistir
Palavras-chave:
Plantão psicológico, discentes plantonistas, método fenomenológico, clínica dos três olharesResumo
O plantão psicológico em escolas do sistema público de ensino em Manaus é desenvolvido por alunos de Psicologia de várias instituições de ensino superior. Existe toda uma vivência que precisa ser compreendida a partir dessa imersão discente nos locais de estágio. O objetivo deste estudo é compreender a percepção dos plantonistas estagiários sobre a pluridimensionalidade desse mundo-vivido sob o viés da Fenomenologia-Existencial e a perspectiva dos Três Olhares na clínica de inspiração fenomenológica. Para a consecução do proposto foram elaboradas 5 questões sobre a experiência no plantão psicológico que foram encaminhadas a 75 plantonistas e obteve a resposta de 37 alunos de graduação em Psicologia de 7 faculdades da cidade de Manaus, sendo 9 do gênero masculino e 28 do gênero feminino, na faixa etária entre 18 e 50 anos, cursando do 2º ao 8º período do curso de Psicologia. A análise foi embasada no método fenomenológico-psicológico, especificamente em seu segundo passo em que as falas foram consideradas as Unidades de Significado e a partir daí, alocadas nas questões e analisadas. Assim, tivemos como elementos desencadeadores das falas: 1. Com base em sua atividade no Plantão psicológico, como você compreende a dimensão da sua atuação como plantonista? 2. Qual a importância que você percebe do plantão psicológico em sua formação? 3. Qual sua visão sobre o fazer psicológico após sua inserção no plantão psicológico? 4. O que mudou em sua visão sobre a relação com o outro considerando sua atuação no plantão psicológico? 5. Como você compreende a contribuição do plantão psicológico para com a camada social onde está inserido (a escola, a comunidade, a família)? Conclui-se que para o discente de Psicologia a vivência tem sido de extremo aprendizado onde consegue vislumbrar a pluridimensionalidade do fazer da psicologia em que o outro passa a ser compreendido para além da teoria e de quem se deve cuidar, além da grande contribuição para o nicho sociocultural e histórico onde a atividade é desenvolvida.
