Divulgação ESG nas instituições financeiras do Brasil: modismo ou necessidade?

Autores

  • Jessica Placido da Silva Universidade Federal do Paraná
  • Alan Bandeira Pinheiro Universidade Federal do Paraná
  • Wendy Beatriz Witt Haddad Carraro Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Jose Carlos Korelo Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.47357/ufambr.v6i1.14410

Palavras-chave:

ESG, Teoria dos Stakeholders, Setor financeiro, Desempenho ESG, Responsabilidade Social Corporativa

Resumo

Em meio à intensa competitividade entre os bancos físicos e digitais, além do desenvolvimento de inovações, o mercado financeiro vem se destacando pelo uso da performance ESG (Environmental, Social, Governance). Este estudo teve por objetivo analisar como a Teoria dos Stakeholders apoia os indicadores ESG no setor financeiro durante o período de pandemia. Para atingir esse objetivo, foi conduzida uma análise de conteúdo a partir da base de dados Thomson Reuters Eikon, abrangendo 17 empresas com dados ESG disponíveis. A pesquisa revelou que o desempenho ESG pode ser uma ferramenta valiosa na tomada de decisões pelos gestores do setor financeiro brasileiro. Os resultados mostram que, apesar da recessão econômica causada pela pandemia, algumas empresas aumentaram seu engajamento com práticas ESG, evidenciando a importância dessas práticas mesmo em tempos de crise. Este estudo confirma que o desempenho ESG influencia significativamente as decisões dos stakeholders primários e secundários, reforçando a Teoria dos Stakeholders. As partes interessadas têm necessidades que vão além do desempenho financeiro da organização, demonstrando atenção às questões ambientais, sociais e de governança. Os achados têm importantes implicações teóricas e práticas, sugerindo que a transparência e a responsabilidade social são cruciais para a sustentabilidade a longo prazo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Al Amosh, H., & Khatib, S. F (2023). ESG performance in the time of COVID-19 pandemic: Cross-country evidence. Environmental Science and Pollution Research, 30(14), 39978-39993.

Anschau, V. M., Carraro, W. B. W. H., & Pinheiro, A. B (2023). Análise dos Relatórios Integrados de Instituições Financeiras no contexto da pandemia de Covid-19. Revista Mineira de Contabilidade, 24(2), 23-35.

Bacen (25 de 06 de 2021). CBE - Capitais Brasileiros no Exterior. Fonte: Banco Central do Brasil: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/cbeanual

Bacen (2021). Relatorio Integrado 2021. Fonte: Banco central do Brasil: https://www.bcb.gov.br/publicacoes/relatoriointegrado2021

Beck, D (2023). The ESSGG proposition for stakeholder-oriented urban management performance: a theoretical perspective. Journal of Environmental management & sustainability, 12(1), 1-27.

Bruno, & Lagasio (2021). An overview of the european policies on esg in the banking sector. Sustainability, 13(22), 12641.

Buallay, A (2019). Is sustainability reporting (ESG) associated with performance? Evidence from the European banking sector. Management of Environmental Quality: An International Journal, 30(1), 98-115.

Cavalcantti, L (25 de 06 de 2023). Por que os Ratings ESG se tornaram tão importantes para as empresas? Fonte: Linkana: https://www.linkana.com/blog/ratings-esg/#:~:text=Ratings%20ESG%20s%C3%A3o%20avalia%C3%A7%C3%B5es%20que,e%20valores%20de%20um%20neg%C3%B3cio.

Clarckson, M. E (1995). A stakeholder framework for analyzing and evaluating corporate social performance. Academy of Management Review, 20(1), 92-117.

Creswell, J. W (2007). Projeto de pesquisa: método qualitativo, quantitativo e misto. 2.ed. Porto Alegre: Artmed e Bookman.

Dias, R (2011). Gestão Ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. 2.ed. São Paulo: Atlas.

EBA (2022). European Authority of Banks. Fonte: Disclousure practices: https://www.eba.europa.eu/eba-seeks-input-institutions-their-esg-disclosure-practices

El Khoury, R., Nasrallah, N., & Alareeni, B (2023). The determinants of ESG in the banking sector of MENA region: a trend or necessity? Competitiveness Review: An International Business Journal, 33(1), 7-29.

Freeman, R. E., Phillips, R., & Sisodia, R (2018). Tensions in Stakeholder Theory. Business & Society, 59(2), 213-231.

Gil, A. C (2011). Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas.

Gurol, B., & Lagasio, V (2022). Women board members’ impact on ESG disclosure with environment and social dimensions: evidence from the European banking sector. Social Responsibility Journal, 19(1), 211-228.

Hair, J. F. (2009). Multivariate data analysis.

Iudícibus, S (2015). Teoria da Contabilidade (Vol. 11 ed.). São Paulo: Atlas.

Khan, M. A (2022). ESG disclosure and Firm performance: A bibliometric and meta analysis. Research in International Business and Finance, 61, 101668.

Kottler, P (2021). Marketing Management. London: Pearson.

Mazzioni, S., Ascari, C., Rodolfo, N. M., & Magro, C. D (2023). Reflexos das práticas ESG e da adesão aos ODS na reputação corporativa e no valor de mercado. Revista Gestão Organizacional, 16(3), 59-77.

Parmar, B. L., Freeman, R. E., Harrison, J. S., Wicks, A. C., Purnell, L., & Colle, S (2010). Stakeholder theory: the state of the art. The Academy of Management Annals, 4(1), 403-445.

Pereira, J. M (2006). Gestão do Risco Operacional: Uma Avaliação do Novo Acordo de Capitais - Basileia II. Revista Contemporânea de Contabilidade.

Pinheiro, A. B., Carraro, W. H., Batistella, A. J., & das Chagas, A. C (2020). Relations between institutional environment and level of social disclosure in the banking sector: evidence from Latin America. Revista de Gestão e Secretariado, 11(3), 158-184.

Pinheiro, A. B., Panza, G. B., Berhorst, N. L., Toaldo, A. M., & Segatto, A. P (2023). Exploring the relationship among ESG, innovation, and economic and financial performance: evidence from the energy sector. International Journal of Energy Sector Management.

Pinheiro, A. B., Ribeiro, C. D. M. D. A., & Bizerra, A. L. V. (2024). Board structure as a mechanism to achieve the UN 2030 Agenda in Latin America. Cadernos EBAPE. BR, 22, e2022-0308.

Polonski, M. J (1995). An introduction to green marketing. Electronic Green Journal, 1(2).

Queiroz, G. D (2022). O conceito ESG, a reação causada em agentes econômicos e sua influência no fluxo de capital na economia contemporânea. Lume, UFRS, 10183, 252014.

Salvador, L. H., Carraro, W. B. W. H., Plastina, E., & Pinheiro, A. B. (2022). Aplicação do CPC 25 em passivos contingentes e provisões de demandas jurídicas em instituições financeiras. SINERGIA-Revista do Instituto de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis, 26(2), 105-120.

Sebrae (25 de 06 de 2023). Sebraetec na Sustentabilidade. Fonte: Sebrae Portal: https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/Programas/a-atuacao-do-sebraetec-em-sustentabilidade,db58e8da69133410VgnVCM1000003b74010aRCRD

Siqueira, F. R., & Muller, C. S (2022). Integração entre Teoria dos Stakeholders e visão baseada em recursos: trajetória percorrida pela literatura de administração. Revista Ibero-Americana de Estratégia, 21(1), 1-27.

Vergara, S. C (2014). Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 3. ed. São Paulo: Saraiva.

Wasiuzzaman, S., & Subramaniam, V (2023). Board gender diversity and environmental, social and governance (ESG) disclosure: Is it different for developed and developing nations?. Corporate Social Responsibility and Environmental Management.

Wu, J., Wang, D., Fu, X., & Meng, W (2023). Antecedent Configurations of ESG Disclosure: Evidence from the Banking Sector in China. Sustainability, 15(17), 13234.

Downloads

Publicado

2024-08-09

Como Citar

da Silva, J. P. ., Pinheiro, A. B., Carraro, W. B. W. H. ., & Korelo , J. C. . (2024). Divulgação ESG nas instituições financeiras do Brasil: modismo ou necessidade?. UFAM Business Review - UFAMBR, 6(1), 37–54. https://doi.org/10.47357/ufambr.v6i1.14410

Edição

Seção

Artigos