SENTA, QUE LÁ VEM A HISTÓRIA: UMA AULA SOBRE CULTURA E ARTE AFRO BRASILEIRA
DOI:
https://doi.org/10.69696/somanlu.v22i2.10562Resumo
Considerando as diretrizes curriculares esboçadas na Lei 10.639/03, que trata do ensino obrigatório e sistemático da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas públicas e particulares, do Ensino Fundamental até o Ensino Médio, este artigo propõem uma leitura reflexiva da obra literária Tumbu e das telas do pintor mineiro Alexandre Rosalino com estudantes do 7º ano do Ensino Fundamental, de uma escola pública de Manaus/AM. Tendo como objetivo relacionar a literatura brasileira à história da África e a arte afro-brasileira, na percepção e aceitação de outros saberes e viveres, que constituem a diversidade cultural brasileira, foram feitas atividades integradoras de leitura e interpretação da obra Tumbu de Marconi Leal e de quadros do artista A. Rosalino. Esse artigo propõe uma discussão sobre a cultura étnico-racial, por meio da pesquisa-ação, cuja metodologia fez uso da abordagem qualitativa, com dados coletados através da observação participante, com uso do caderno de campo e pesquisa documental. Na análise da nossa pesquisa Paulo Freire nos guia a pensar em um ensino que empoderem a identidade cultural dos educandos, e para isso, Martha Abreu nos traz uma problematização sobre as Diretrizes Nacionais Curriculares convocando educadores e demais profissionais de História a envolverem-se com uma reflexão mais engajada sobre a cultura afro-brasileira. A linguagem acessível da obra do escritor recifense e o colorido cenário de manifestações culturais e religiosas negras, protagonizadas nas telas do artista mineiro, favorecem aliar a política educacional às práticas educacionais e curriculares, proporcionando um ambiente de interação e diálogo a partir da Literatura e da Arte como protagonistas de discussões étnico-raciais com estudantes em formação.
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