Sustentabilidade Insustentável
Abstract
Yolanda Kakabadse já foi ministra do Meio Ambiente do Equador e presidente da União Internacional para Conservação da Natureza (UICN). Atualmente trabalha na ONG equatoriana Futuro Latinoamericano e continua a desempenhar uma militância estratégica no movimento ambientalista. Em agosto de 2008, ele esteve em Manaus, para participar do seminário internacional “Mudança climática, crise energética e alimentar: desafios ao desenvolvimento sustentável”, promovido pelo Centro Internacional Terramérica, instituição de pesquisa em meio ambiente e desenvolvimento fundada em Manaus.Yolanda participou da mesa-redonda “Desenvolvimento e proteção ambiental: estratégias para a Amazônia”. Ironicamente, ao seu lado estava o gerente setorial de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras, Nelson Cabral de Carvalho. No Equador, a empresa brasileira enfrenta uma campanha da sociedade civil, especialmente organizações ambientais, para que saia do Parque Nacional Yasuni (considerado a área mais rica em biodiversidade da Amazônia).
A Petrobras começou a atuar no Equador em 2002, quando comprou a empresa argentina Pérez Compac. Assim, recebeu a concessão de exploração dos Blocos 18 e 31, que pertencia a Pérez Compac desde 1996. O Bloco 31, além de estar no Parque Nacional Yasuni, ocupa parte do território indígena Huaorani. Esse povo, que vive em isolamento voluntário, tem 80% de suas terras sob a concessão de petrolíferas (a Petrobras é apenas uma delas). Não por acaso, os Huarorni têm sofrido com hepatite e desnutrição.
A imagem da Petrobras no Equador foi um dos temas tratados por Yolanda Kakabadse em entrevista aos jornalistas Wilson Nogueira e Thaís Brianezi. Ela falou também sobre o desafio da gestão ambiental pan-amazônica e sobre as armadilhas da propaganda do desenvolvimento sustentável.
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A Somanlu: Revista de Estudos Amazônicos faz uso de licença Creative Commons de atribuição (CC BY 4.0)