Um bom aprendiz de língua chinesa como língua adicional em Moçambique: sua autonomia e estratégias de aprendizagem
要旨
Este artigo investiga a autonomia e as estratégias de aprendizagem utilizadas por um bom aprendiz de língua chinesa no curso de Licenciatura em Língua, Cultura e Literatura Chinesa da Universidade Rovuma. Este estudo tem por objetivos verificar os indícios de autonomia do participante da pesquisa a respeito da aprendizagem de língua chinesa como língua adicional, identificar as estratégias de aprendizagem utilizadas pelo aprendiz e analisar a relação entre o aprendiz, sua autonomia e estratégias de aprendizagem. Esta pesquisa parte de bases teóricas da Linguística Aplicada: a pesquisa sobre o bom aprendiz de Rubin (1975); autonomia tomando por base os estudos de Domiciano e Santos (2003) e as estratégias de aprendizagem de línguas apresentadas por Rose (2010). Quanto à metodologia, este estudo é qualitativo (FLICK, 2007) de carácter interpretativista (BORTONI-RICARDO, 2008), além de ser um estudo de caso (STAKE, 2005) e teve como participante um aluno com o melhor desempenho. Foram utilizados instrumentos como entrevista semiestruturada, aplicação de questionário misto e narrativas escritas para a geração dos dados (VIEIRA ABRAHÃO, 2010). Os dados indicam que o participante é um aprendiz autônomo com responsabilidade e autoridade sobre seu aprendizado, uma vez que utiliza várias estratégias de aprendizagem, dentre elas, estratégias cognitivas de repetição e memorização, estratégias sociais onde se destaca o uso de interações sociais com os falantes nativos e estratégias metacognitivas através de plano de estudo diário, demonstrando saber por quais meios deve alcançar bons resultados.
Palavras-chave: Autonomia. Estratégia de aprendizagem. Bom aprendiz. Língua Chinesa.