QUE FAZER? QUE DEIXAR DE FAZER?
DESAFIOS NA PRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Resumo
Com alegria, gratidão e entusiasmo publicamos a quinta edição da Revista Ensino de Ciências e Humanidades – Cidadania, Diversidade e Bem Estar, iniciando seu terceiro ano de existência (2017-2019). Sabemos que toda relação humana é educativa. Ensinamos e aprendemos em nossas relações nos diferentes contextos sociais, familiares, laborais, comunitários, ancestrais e também de modo intencional, sistemático e organizado no âmbito da educação escolar nas diferentes esferas. Esta revista entende o ensino como um processo contínuo de aprendizagem nos diferentes espaços das relações humanas.
O que devemos fazer? Considerando os princípios da subjetividade social e individual, o impacto do colonialismo externo, do imperialismo, do racismo, autoritarismo, do colonialismo interno sobre a produção intelectual, urge que os pesquisadores, como espíritos livres e soberanos, que atuam na construção e avanço do conhecimento nos diferentes cenários históricos e geográficos do planeta, se respeitem e respeitem seus pares, se posicionando em favor do bem comum. Se posicionando em favor do respeito aos direitos humanos, à soberania individual de estudar, pesquisar e divulgar o conhecimento, se comprometendo com a construção de um ambiente científico sustentado no respeito à produção científica individual e coletiva, como fruto da criatividade e do compromisso pessoal e social dos pesquisadores nos diferentes campos do conhecimento e área de atuação.
O que devemos deixar de fazer? Entendemos que a pesquisa científica é um tema individual que se articula com a vida social, associa-se com a promoção do bem comum e da qualidade de vida. Os pesquisadores como seres humanos não podem abrir mão de sua autoridade científica, de sua soberania e liberdade em estudar, pesquisar e divulgar o conhecimento. Nem podem aceitar submissão a critérios externos aos seus domínios, princípios de soberania e interesses de investigação. Não podem e não vão se submeter a critérios externos aos interesses de suas investigações, princípios e compromissos com a promoção do bem estar social, a criatividade, a liberdade, a alegria de estudar, pesquisar e divulgar o pensamento e o conhecimento construído no contexto histórico e geográfico onde se inserem, valorizando a riqueza da diversidade humana em suas diferentes manifestações.
Neste volume, que inicia o terceiro ano de publicação do periódico (11/2017-11/2019), agradecemos aos honrados pesquisadores e pesquisadoras de diferentes universidades do Brasil, Angola, Cuba, Moçambique, Portugal e México que nos brindam com resultados inéditos de suas rigorosas pesquisas científicas nestes domínios das ciências humanas. Agradecemos também a honrosa comissão científica do Brasil e exterior que colabora com a criação e o processo de consolidação desta iniciativa de divulgação científica.
Entendemos que em tempos de questionamento da ciência colonialista, imperialista, classista, machista, racista se faz necessário a formação e o apoio a cientistas de espírito livre e autônomo, que criem suas próprias regras, sustentadas por seus rigorosos estudos e pesquisas, na perspectiva epistemológica da meta epistemologia de contexto inter-cilizacional, incluindo aspectos da meta-complexidade histórica e cultural que caracteriza o processo civilizatório da humanidade.
Mais uma vez, agradecemos e honramos aos professores doutores, mestres e licenciados de diferentes contextos acadêmicos do Brasil e exterior, que generosamente contribuem para a consolidação desta iniciativa editorial.
No presente volume publicamos 41 artigos com um total de 813 laudas. Sendo 27 de universidades brasileiras de diferentes regiões e 14 de colaboradores de diferentes universidades do exterior (Angola, Cuba, México, Moçambique e Portugal) o que evidencia o caráter de articulação internacional deste veículo de divulgação científica.
Desejamos aos pesquisadores, estudantes de graduação e pós-graduação, lideranças sociais e profissionais que atuam nas respectivas áreas de conhecimentos dos artigos publicados que venham a ter acesso a sua leitura e estudos, que os trabalhos publicados, lhes possam ser úteis e contribuindo para ampliação dos conhecimentos associados às temáticas publicadas.
Início do inverno Amazônico, 2019.
Suely Mascarenhas & Valmir Flôres Pinto