Miasmas e micróbios, cortiços e favelas: o movimento higienista no Rio de Janeiro durante a Primeira República

THE HYGIENIST MOVEMENT IN RIO DE JANEIRO DURING THE FIRST REPUBLIC

Autores

  • Adriano Barbosa Silva Universidade Federal do Amazonas

Resumo

No Rio de Janeiro, as favelas ocupadas historicamente pelas classes pobres possuem uma intrínseca relação com a elite burguesa que vive aos pés dos morros. Modernidade, urbanização, saúde, higienismo, especulação imobiliária, abolição da escravatura e luta de classes: tudo se mistura junto aos moradores e aos casebres frágeis, e se apresenta nas ruas irregulares e íngremes. Os poderes públicos impulsionaram a ampliação das favelas ao passo em que lançavam aos altos dos morros suas leituras estereotipadas que permanecem no imaginário social até os dias de hoje. Com base nisso, este artigo objetiva apresentar, em linhas gerais, uma discussão historiográfica a respeito dos impactos do discurso higienista na configuração urbana e social do Rio de Janeiro durante a Primeira República, evidenciando as alterações nas formas de viver e morar das classes pobres e negras da então capital federal.

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Biografia do Autor

Adriano Barbosa Silva, Universidade Federal do Amazonas

Graduando em Licenciatura Plena em História pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Membro do Laboratório de Estudos em História Cultural (LEHC). Integrante do grupo de pesquisa Estudos Africanos: Identidades, dinâmicas sociais e científicas. Membro da equipe editorial da Revista Discente do curso de História da UFAM - Manduarisawa. Desenvolvendo, de forma voluntária, um projeto de pesquisa científica sob o título ?Me serviram limões, mas eu fiz uma limonada?: uma análise das relações entre racismo, feminismo negro e amor afrocentrado através do álbum visual Lemonade (2016).

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Publicado

2023-12-31