IMIGRAÇÃO, PROPAGANDA E LEGISLAÇÃO: A MARGINALIZAÇÃO DO TRABALHADOR NACIONAL NOS PROGRAMAS DE COLONIZAÇÃO NO PARÁ (1880 – 1900)

Autores

  • Francisnaldo Sousa dos Santos Universidade Federal do Pará (UFPA)
  • Francivaldo Alves Nunes Universidade Federal do Pará

Resumo

O objetivo desse artigo é analisar a todo o favorecimento dado pelas iniciativas estatais no Pará, na última década do Império e a primeira década da República, aos trabalhadores estrangeiros em detrimento dos trabalhadores nacionais quanto aos programas de colonização onde esses agentes públicos buscavam por meio da criação de núcleos coloniais e o consequente povoamento desses espaços agrícolas fomentar a produção agrícola nas áreas próximas à capital Belém. Para essa discussão é levado em consideração tanto a propaganda realizada na Europa com a intenção de seduzir o imigrante como também a legislação gestada nos anos iniciais da República como elementos que provam essa marginalização do trabalhador nacional, fosse ele retirante ou não. Os adjetivos atribuídos aos trabalhadores estrangeiros presentes nos documentos oficiais deixam claro a busca das autoridades por trabalhadores ideais, ou seja, traçava-se um perfil de colono que não estaria presente no colono nacional pela utilização de obsoletos de produção agrícola. Embora houvesse essa predileção pelo trabalhador estrangeiro, foram de fato os nacionais os principais responsáveis pelo povoamento e pelo desenvolvimento da agricultura no Pará dentro do contexto pesquisado.

Palavras-chaves: Imigração; trabalhadores estrangeiros e nacionais; Pará. 

Biografia do Autor

Francisnaldo Sousa dos Santos, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Mestre em História Social da Amazônia pela Universidade Federal do Pará.

Francivaldo Alves Nunes, Universidade Federal do Pará

Doutor em História Social na Universidade Federal do Pará.

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