A fábrica da paróquia e o bispo: política ultramontana e o patrimônio eclesiástico no primeiro bispado de Alagoas (1901 a 1910)
Ultramontane Politics and Ecclesiastical Heritage in the First Episcopate of Alagoas (1901 to 1910))
Resumo
O texto a seguir analisa as representações da "política ultramontana" e sua relação com o patrimônio eclesiástico durante o bispado de Dom Antônio Castilho Brandão em Alagoas (1901-1910). O estudo se concentra no período posterior à Proclamação da República, buscando compreender como Dom Antônio, alinhado ao projeto católico da época, administrou o patrimônio da Igreja, normatizou práticas religiosas e disciplinou o clero. Reconhecido por seus biógrafos como o fundador do seminário diocesano, Dom Antônio demonstrava grande preocupação com a gestão dos bens patrimoniais da Igreja, como evidenciado em suas correspondências com os párocos. Utilizando-se da História Cultural (CHARTIER, 1989) e da análise crítica do discurso (FAIRCLOUGH, 2001), o estudo busca desvendar os elementos e as adaptações do projeto de reestruturação do catolicismo em Alagoas durante as primeiras décadas da República.
Palavras-chave: Ultramontanismo. Patrimônio Eclesiástico. História de Alagoas.