Apresentação- Amazônida em Foco
DOI :
https://doi.org/10.29280/rappge.v8i1.14730Résumé
Desde 2022, o Brasil e o mundo tentam retornar à normalidade das instituições, se é que isso é totalmente possível quando passamos a vivenciar um aceleramento da ordem social em um contexto de múltiplas modernidades, nas quais, os seus principais elementos constitutivos normativos e culturais, ainda não foram plenamente constituídos ou tem sido negado, caracterizando o que Rosa (2019) identifica como múltiplas modernidades. Nesse aspecto, esse projeto de Modernidade possui como característica “[...] a substituição da verdade como legado divino para os critérios da ciência como paradigma”. Nesse processo, “A revolução iluminista procurou, como vetor da modernidade, tirar o corpo das mãos de Deus e colocá-lo na mesa para dissecá-lo e desmontá-lo em partes via postura da ciência metódica” (Dantas Junior; Zoboli, 2020, p. 3).
No Brasil, o ano de 2022 significou a idealização da derrota de um projeto autoritário de governo que findou o seu primeiro mandato. O início de 2023, foi a continuidade desse processo com a tentativa de se tomar a força a ordem legislativa o que ficou marcado e registrado nos anais históricos do dia 08 de janeiro, quando houve a tomada do Congresso Nacional com a explicitação da negação da Modernidade. Esse projeto exibiu no aparelho midiático a ampla deturpação da ciência, da urbanidade, da história de um país, de um povo, produzindo a destruição do nosso patrimônio público e da sacralidade do ambiente democrático.
Como parte desse contexto, esses tantos autores, colaboradores, editores e leitores da Revista Amazônida, em conjunto, com os docentes, discentes e demais membros do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) não ficaram à parte do sentimento de indignação que tomou a esfera pública e privada diante do ocorrido no Brasil no início do ano que se encerra. Assim, muitos manifestos foram realizados de maneira subjetiva nos textos produzidos este ano de 2023 em defesa de uma educação plural, interseccional e antirracista.
Références
ROSA, H. Aceleração: a transformação das estruturas temporais na modernidade. São Paulo: Unesp, 2019. (2019).
DANTAS JUNIOR, H. S; ZOBOLI, F. O romance que virou filme... Que virou mito: pensando o corpo a partir dos 200 anos de Frankenstein. Revista Amazônida: Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Amazonas, [S. l.], v. 4, n. 2, p. 01–11, 2020. DOI: 10.29280/rappge.v4i2.5453. Disponível em: //www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/amazonida/article/view/5453. Acesso em: 24 dez. 2023. (2020).