Em Defesa da Educação Pública
Abstract
O país foi abalado por uma crise institucional que compromete os direitos dos cidadãos (ãs) brasileiros (as) e, particularmente o direito à Educação. Diversas medidas foram votadas no Congresso Nacional que ameaçam o processo de Valorização dos Profissionais da Educação, dentre estas tem-se: A lei da terceirização, a reforma trabalhista e a reforma do ensino médio. Os educadores têm desenvolvido processos de resistências que precisam ser ampliados e divulgados para que a Educação seja um dever do Estado e que verbas públicas subsidiem a Educação Pública, só desta maneira é que teremos uma Escola Pública de qualidade socialmente referenciada. No cotidiano das Universidades a lógica produtivista se expande. Nos Programas de Pós-Graduação a avaliação se desenvolve sem que se tenha alternativa para avançar, não respeitando o ritmo e as peculiaridades de cada região. Essa lógica permite que os parâmetros avaliativos sejam modificados em pleno processo e que os documentos das áreas sejam divulgados após o término do quadriênio e o mais revelador desta questão é que as exigências de produção dos professores que estão no mestrado ou doutorado seja a mesma, já que não se avalia o curso, mas o programa. Apesar da pressão sobre as Universidades e sobre os Programas de Pós-Graduação continuamos a lutar e resistir. Manter a publicação da Revista Amazônida é prova desta afirmação, visto que no quadriênio passado nossa revista não chegou às mãos dos avaliadores e quando recorremos nem sequer nosso pleito foi avaliado. Desta forma é com muita alegria que estamos publicando o número de 2017/02 da Revista Amazônida. Vamos continuar produzindo conhecimento, vamos continuar difundindo a produção dos pesquisadores da região, dos educadores brasileiros e estrangeiros, que acreditam na nossa capacidade de construir e divulgar os conhecimentos. Este número representa nosso grito amazônico em defesa da Educação Pública, Gratuita e de Qualidade socialmente referenciada.