Planejamento para o desenvolvimento na América Latina:
interfaces entre economia, multilateralismo e educação
DOI:
https://doi.org/10.29280/rappge.v6i01.9897Resumo
O texto analisa o processo histórico do planejamento após a Segunda Guerra Mundial na América Latina, com foco nas políticas sociais desenvolvimentistas, no recorte entre 1945-1970. Examina como se organizou uma agenda de ações comuns entre os Estados e Organismos Multilaterais. Tem como projeto principal analisado a Aliança para o Progresso e suas intencionalidades e desdobramentos na região. Apresenta uma síntese dos aspectos fundamentais das raízes do planejamento na América Latina no recorte histórico delimitado; na segunda trata especificamente do protagonismo da Cepal na materialização de um projeto comum de planejamento que tem como base o desenvolvimento social e econômico para o progresso. Conclui que aceitação generalizada no nível oficial de panejamento como um instrumento para 'promover o desenvolvimento' está intimamente ligada às resoluções da Conferência de Punta Del Leste (1961) e das intencionalidades capitalistas sob influência norte-americana e instrumentalizadas pelas agências da ONU, com destaque a Cepal e seus planejadores. Além disso, a estratégia da política de desenvolvimento social do período possuía duas vertentes que, num primeiro momento, pareciam opostas, mas que eram, verdadeiramente, complementares: a disseminação da lógica desenvolvida da conciliação de conceitos e práticas, da ênfase no desenvolvimento econômico pela área social e a educacional descentralizada.
Palavras-chave: Planejamento na América Latina; Planejamento Educacional; Desenvolvimento social e econômico para o progresso; Organismos Internacionais.