Plantão psicológico em instituição escolar de Manaus, a pluridimensionalidade adolescente:
relato de experiência
Palavras-chave:
Adolescentes, instituição escolar, plantão psicológico, método fenomenológicoResumo
A escola tem sido palco de uma série de experiências caracterizadas sob o viés do impactante, negativa ou positivamente. No que tange ao aspecto negativo torna-se, em verdade, premente que se aprofunde a pesquisa e a ação para dirimir consequências daí decorrentes. Diante disso, o objetivo deste artigo é compreender a pluridimensionalidade do plantão psicológico em escola estadual em Manaus a partir da existencialidade dos adolescentes. É uma escuta emergencial com o olhar lançado sobre as vivências a partir dos pressupostos da Psicologia Fenomenológico-Existencial, especificamente na teoria da clínica dos três olhares. A metodologia utiliza o viés quanti-quali. A escuta foi pautada no método fenomenológico e realizada nos períodos matutino e vespertino, duas vezes na semana, com 59 adolescentes do nível fundamental e médio, na faixa etária de 12 a 18 anos, 30 autodeclarados gênero feminino, 24 autodeclarados gênero masculino, 02 autodeclarados bigênero, 03 autodeclarados pessoas trans. As demandas foram variáveis: Sexualidade, Relações familiares, Agressividade, Ansiedade, Autocuidado, Relações afetivas, Aprendizagem, Abuso sexual, Assédio sexual, Procrastinação, Insegurança, Autocobrança exacerbada, Medo, Bullying, Cutting, Ilações suicidas. Percebeu-se nos discursos a pluridimensionalidade de vivências presentes na vida dos adolescentes e a amplitude do sofrimento existencial, culminando no comprometimento junto às diversas configurações relacionais pelas quais transitam e, maioria dos casos, não sabendo como lidar com as facticidades que se fazem presentes em seu cotidiano. Conclui-se que o plantão psicológico de inspiração fenomenológica realizado na instituição escolar possibilita acolher, escutar e cuidar desse aluno propiciando bem-estar e reflexão de suas experiências.