VERBO ENCARNADO: RESÍDUOS DO SIRVENTÊS MEDIEVAL NA POESIA INSUBMISSA DE ROBERTO PONTES
DOI:
https://doi.org/10.29281/rd.v7i14.6983Resumo
Verbo encarnado é um livro de poemas do escritor cearense Roberto Pontes, pertencente a Geração 60 brasileira e uma de suas vertentes, a do “Protesto Social”, em que pontifica o viés político e insubmisso em decorrência do golpe de 1964. Essa geração está devidamente caracterizada pelo poeta e crítico Pedro Lyra na “Introdução” a Sincretismo: a poesia da Geração 60. O modo poemático insubmisso, na verdade, soa como eco de outro, mediévico, o sirventês, praticado pelos trovadores para fins políticos. A partir desta aproximação entre essa poesia medieval e a produção poética de Roberto Pontes em seu livro Verbo encarnado, nosso trabalho objetiva compreender como esse resíduo de poesia anterior, de cunho social, perpetua-se e reverbera em produções mais atuais, como ocorreu em 1960 (séc. XX) no Brasil. Lançando mão de poemas caracterizados como sirventês e da poesia de 60 de Roberto Pontes, procederemos a um cotejo que verifique a remanescência de uma poesia noutra. Para tanto, utilizaremos a Teoria da Residualidade por embasamento teórico, pois ela nos possibilita proceder comparativamente, operando com alguns termos como resíduo, mentalidade, imaginário, cristalização, endoculturação e hibridação cultural, facultando ainda a encontrarmos similaridades entre as poéticas indicadas, de modo a comprovarmos a correspondência entre o sirventês e a poesia ponteana.
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