ALA HOSPITALAR DIFERENCIADA: PERSPECTIVAS DE ATENDIMENTO HUMANIZADO AOS INDÍGENAS PARA O TRATAMENTO DA COVID-19 NO HOSPITAL NILTON LINS EM MANAUS/AM.

Autores

  • Aline dos Santos Pedraça
  • Claudenor de Souza Piedade
  • Israelson Taveira Batista
  • Shigeaki Ueki Alves da Paixão
  • Sidney Raimundo Silva Chalub

DOI:

https://doi.org/10.29327/233099.20.2-2

Resumo

Num país tão plural e diversificado pela composição étnica de sua gente, o modo de tratamento dispensado diante de uma situação simples, pode significar o respeito ou a ruptura com a cultura de alguém. A sociedade tende a entrelaçar condições que pressupõe humanizar a todos, num esboço ajustado, desenhado para um padrão. Mas a diversidade cultural, as raízes da construção da sociedade destacam os, potencialmente iguais, diferem na sua forma de vida, nos costumes crenças e outros. Para os indígenas que tem sido impactado pela presença de intrusos que interferem no seu modo de vida, que se apropriam de seus ambientes, riquezas, cultura e vida. A situação imposta que devasta a estrutura de vida dos povos nativos e a perspectiva de serem visto como detentores de direitos a serem resgatados pela história, repõe a ânsia do resgate de sua dignidade, um alento para seus descontingenciamentos frente às intromissões abruptas, que agridem suas raízes. Neste estudo, que tece algumas considerações à realidade da população indígena do Amazonas, mas diretamente aos indígenas de Manaus e região metropolitana, que discute o projeto de instalação de uma ala do Hospital Nilton Lins para tratamento de pacientes do COVID-19 que pertença a alguma etnia ou povos indígenas. A metodologia aplicada tem caráter documental, englobando elementos da história, entrevistas, relatos de profissionais da saúde, que cumulam vivência no atendimento às populações indígenas. O objetivo deste estudo é discutir a iniciativa de diferenciar o tratamento aos povos indígenas, trazendo à tona informações que corroboram para sustentar essa humanização do tratamento, validando os aspectos intrínsecos que fazem dos índios merecedores de respeito e dignidade. Espera-se com este estudo colaborar com o conhecimento e o diferenciamento dos índios, com o destaque das relações amistosas de interferência médica que agora ganha outro sentido, uma vez que os profissionais da saúde iam ao encontro dos pacientes nas aldeias, agora serão eles que virão, espontaneamente, ao encontro do sistema de saúde, com um ambiente que respeite sua condição de vida.

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Publicado

2020-12-02