Minha casa é aqui dentro: o sentido social do arranjo da casa de Amanã
DOI:
https://doi.org/10.29327/233099.11.2-3Palavras-chave:
casa, objetos, pertencimentoResumo
Esta pesquisa tem como objetivo compreender os elementos e condições para que um espaço arquitetônico adquira o status de lar. Inicialmente, tinha como foco os objetos que compõem os ambientes da casa. Do ponto de vista arquitetônico, ao conceber uma casa, deve-se pensar no que colocar lá dentro, onde e como colocar os objetos que compõem o espaço. Essa perspectiva baseia-se no conceito de arranjo. Os sujeitos da pesquisa – moradores da localidade Boa Esperança, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amaná (RDSA) e a permanência em suas casas me fizeram ampliar a perspectiva arquitetônica. O trabalho de campo compreendeu na estada da morada de um grupo doméstico da comunidade Boa Esperança, no uso de entrevistas gravadas e no registro fotográfico. A pesquisa revelou que o sentido social do arranjo é possibilitar a interação entre os residentes e não residentes da casa. Mas o que torna uma casa de moradia para aqueles que a residem é estar inserido nesse lugar: o lago Amanã. “Minha casa é aqui dentro” resume o sentimento de pertencimento à região, que é o elemento que possibilita que esse espaço arquitetônico adquira o status de lar. Aqui dentro é a relação com o histórico de ocupação, com o parentesco, com as atividades produtivas, com o viver em comunidade e com a dinâmica ambiental.
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