Condições socioenoconômicas e sua influência no diagnóstico antropométrico de escolares do 1º ao 5º ano das escolas municipais Raimunda Cruz (anexo Tanta) e Maria Elizangela Litaiff, no município de Coari-AM
Resumo
No Brasil, tem sido detectada a progressão da transição nutricional da população, caracterizada fundamentalmente por redução nas prevalências dos déficits nutricionais e ocorrência mais expressiva de sobrepeso e obesidade. Este processo, embora atinja o conjunto da população, diferencia-se em momentos e em intensidade, conforme o segmento socioeconômico considerado (SOUZA et al., 2011). A avaliação antropométrica de escolares do 1º ao 5º ano do ensino fundamental na referida escola, traz a possibilidades de correção dos possíveis desvios nutricionais encontrados na população em estudo. Objetivos: Diagnosticar estado nutricional de alunos, na faixa etária de 6 - 14 anos nas referidas escolas. Orientar os responsáveis das crianças que foram diagnosticados com desvios, fora dos padrões de normalidades para percentil e escore-z, oferecer atendimento nutricional individualizado no Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB) – UFAM. Metodologia: É um estudo transversal, fruto do Estágio Supervisionado em Nutrição Social em andamento, realizado no mês de maio de 2017 nas escolas municipais, onde foram escolhidas duas dessas escolas par realização do estudo. A amostra foi gerada de acordo com a disponibilidade da direção escolar. Foram coletados dados como condições socioeconômicas, data de nascimento, e aferidos peso e estatura dos quais a partir daí avaliou-se o estado nutricional pelos índices peso por idade, estatura por idade e índice de massa corporal por idade, de acordo com os métodos de avaliação do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAM, 2011). Após avaliação e diagnóstico do estado nutricional, os pais foram convidados para uma preliminar orientação quanto aos resultados encontrados posteriormente encaminhados para acompanhamento nutricional no ambulatório de Nutrição do ISB com o objetivo de reverter tal situação nutricional. Resultados: Foram avaliadas 101 estudantes na escola Anexo Raimunda Cruz, dentre os quais o IMC/IDADE, 1% encontra-se com magreza, 88,1% adequados, 7% sobrepeso e 3,9% obesos; no que se refere à ALTURA/IDADE, 0% muito baixo peso, 10% baixo peso e 90% adequado; e para PESO/IDADE, foram diagnosticados 0% muito baixo peso, 25% baixo peso, 97,5% adequados. Na escola Maria Elizangela Litaiff foram avaliadas 192 crianças no qual para o parâmetro IMC/IDADE 3,6% com magreza, 81% adequados, 7,7% sobrepeso, 7,7% obesidade; em relação ALTURA/IDADE, 0,5% estavam muito baixa estatura, 7,2% baixa estatura e 92,7 encontravam adequado; e PESO/IDADE, 0,6 muito baixo peso para idade, 7,1 baixo peso para peso para idade, 82,5% adequados e 9,8 peso elevado para idade. De acordo com os resultados foi possível observar que os índices se diferem entre as escolas enquanto uma quantidade de baixo peso excedida, a outra revela uma quantidade de sobrepeso e obesidade. Conclusões: As condições socioeconômicas dos escolares matriculados nas referidas escolas, pode-se ter sido um fator que possivelmente tenha interferido nos resultados encontrados, uma vez que essas condições influenciam nos hábitos e escolhas alimentares. Na escola Raimunda Cruz, a renda familiar é considerada baixa, o que justifica os valores dos percentis e escores-z encontrados, A/I 10% baixo peso, P/I 25% baixo peso. Enquanto na escola Maria Elizangela Litaiff, os índices IMC/I 7,7% de sobrepeso P/I 9,8% obesidade. Diante disso, observa-se que as condições socioeconômicas exercem uma grande influência nos hábitos alimentares e consequentemente refletem no baixo peso e elevado peso para idade.
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