A musa da dança Terpsikhórê me chama ao eksistir:
o olhar sobre si, sobre o mundo, sobre a vida de pessoas praticantes de dança sob o viés da Fenomenologia
Palavras-chave:
Arte, dança, ser-si-mesmo, sentido, fenomenologiaResumo
A arte faz parte das nossas vidas e nos influencia todos os dias, quer a gente perceba ou não, e ao longo dos anos ela foi evoluindo e ocupando um espaço importantíssimo na sociedade, visto que algumas de suas representações são indispensáveis para muitas pessoas nos dias atuais. E dentre as artes, situo a dança e sua extensa colaboração na processualidade do existir. O estudo tem como objetivo compreender a pluridimensionalidade do dançar na historicidade de pessoas que dançam e/ou vivem da dança sob o viés da teoria fenomenológica de Martin Heidegger. É utilizado o viés qualitativo de pesquisa considerando os parâmetros do método fenomenológico através de um relato de experiência. A narrativa traz algumas categorias temáticas, quais sejam: a) E a dança vem até mim: o início de tudo; b) Dança e Adolescer: o mundo vivido de uma bailarina; c) A vida sendo vida em seu ir e vir: o afastamento da dança se faz necessário; d) O retorno inevitável: a dança transcende o meu próprio ser; e) A pluridimensionalidade da dança e seus sentidos e significados: para além do ballet; f) Das lições que a dança me trouxe: perspectivas e possibilidades do contínuo vir-a-ser. Concluo que com a dança sou livre para ser eu mesma, ou quem eu quiser ser por um momento, eu me liberto, me monto e desmonto, faço e refaço, eu simplesmente me transformo. A dança é minha via de catarse, é mais que apenas um hobby, é uma parte de quem eu sou, um pedaço de mim.