A CONSTRUÇÃO DA SUBJETIVIDADE EM MEMBROS DE RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA NA AMAZÔNIA: fenomenologia dos saberes

Autores

  • Enio José de Andrade Rodrigues Instituto Metropolitano de Ensino no - IME/ (FAMETRO) Manaus.
  • Ewerton Helder Bentes de Castro Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

Resumo

A busca pelo sagrado, sempre se fez presente na vida do homem que esteve voltado a prática de sua religiosidade ou espiritualidade. Portanto, o fenômeno religioso através da busca mística e da prática do sincretismo que envolve uma miscelânea de práticas e rituais que visam proporcionar o bem-estar do sujeito permeia o contexto da civilização humana e não seria diferente na região amazônica. Porém, se torna importante entender a religiosidade e como este homem constrói sua subjetividade com base em práticas tão diferentes de sua cultura. Este artigo é resultado de Dissertação de mestrado que se propôs a investigação de como o homem amazônida, em específico o do Amazonas, constrói sua subjetividade a partir do contato com os cultos de matriz africana, tendo como base de análise a filosofia de Martin Heidegger. Foram identificadas Unidades de significados que permitiram a formação de Categorias de Análise que serviram para a compreensão de como os indivíduos constituíam sua subjetividade a partir das práticas religiosas. O estudo revelou que os indivíduos praticantes dos cultos de matriz Africana Umbanda e Candomblé constituem sua subjetividade pautados em um processo de cuidar-do-outro ou ser-com-o-outro numa proposta de que cuidando do outro este ser cuida de si próprio. Percebo que em sua trajetória histórica, cada um deles foi mergulhando no conhecimento acerca das religiões de matriz africana que professam e o estado de humor propiciou a compreensão de seu papel, de suas possibilidades, de seu poder-ser. Estabeleceu-se a indicação do para quê, desvelando o sentido. O sentido de ser-membro de religião de matriz africana; o sentido de assumir as características de personalidade de seus mestres ou guias; o sentido para as facticidades vivenciadas cotidianamente que resultaram em ser quem são hoje, dirigentes de terreiros/barracões, responsabilizando-se por cada um daqueles que os procuram, no objetivo de propugnar conhecimento, alívio, cuidado.

 

Palavras-Chave: Homem amazônida, religiosidade, Cultos de Matriz Africana, Subjetividade, Fenomenologia

 

Biografia do Autor

Enio José de Andrade Rodrigues, Instituto Metropolitano de Ensino no - IME/ (FAMETRO) Manaus.

Mestre em Psicologia pelo Programa de Pós-graduação em Psicologia – PPGPSI/UFAM. Especialista em Psicologia Clínica Social Ampliada pela Universidade Federal do Amazonas – UFAM Docente do curso de graduação e Pós-graduação do Instituto Metropolitano de Ensino no - IME/ (FAMETRO) Manaus.

Ewerton Helder Bentes de Castro, Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

Doutor em Psicologia pela FFCLRP/USP. Docente do curso de graduação e pós-graduação em Psicologia FAPSI/UFAM. Coordenador do Labfen.

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Publicado

2021-01-01