“Caboclo”, “Mulato” e “Cafuzo”: a projeção do outro por meio da linguagem racista
Resumo
O presente artigo tem como objetivo apontar reflexões e problemáticas referentes ao uso dos termos racistas "caboclo”, “mulato” e cafuzo” em um artigo de opinião disponibilizado no jornal A Gazeta, periódico de grande circulação em Rio branco Acre. Os esforços partem da tentativa de desconstruir tais termos e produzir uma reflexão, explicitando os fatores de construção histórica dos mesmos, cuja premissa advém substancialmente da ideia de raça surgida a partir do século XVI com a “modernidade” que classifica e hierarquiza os indivíduos valendo-se de suas culturas, crenças e modos de vidas. Nesse sentido, a metodologia é de cunho bibliográfico e documental, e os autores que subsidiaram o diálogo e análise são: Hall (2016); Krenak (2019), Kilomba (2019); Mbembe (2014); Mendes e Autor (2021), Quijano (2005), Nascimento (2019); entre outros. Em suma, o intuito é problematizar os discursos de outridade presentes na imprensa, doravante desexplicando o que já está pretensamente explicado.