As representações das nobrezas capetíngia e carolíngia na Chanson de Roland
Resumo
Este artigo tem como objetiva fazer uma análise sobre a narrativa francesa do século XII, La Chanson de Roland, que se propunha a ser um relato da Batalha de Roncevaux onde o exército franco liderado pelo imperador carolíngio Carlos Magno é emboscado, onde seu sobrinho Rolando e os doze pares de França, mortos pelo exército do não cristão Marsile, formado por seguidores do Islão de vários lugares, mas aqui são inicialmente destacados os sarracenos . O texto fora produzido séculos após a batalha e traz características políticas e sociais semelhantes as existentes durante os reinados específicos dos monarcas capetíngios Louis VI, Louis VII e Philippe II, envoltos no ideal Cruzado e na construção de um conceito de monárquica forte e expansionista, para esse fim, os reis do século XII, usarão a imagem vitoriosa de Carlos Magno como “propaganda” de seus próprios reinados, inspirando diretamente a escritura da Chanson em suas diversas versões, que buscarão trazer em seu cerne ideais valorizados pela monarquia capetíngia à narrativa que se dizia uma narração do que tinha acontecido na batalha do século VIII, onde originalmente os francos enfrentaram os também cristãos, os bascos.