‘GRITARAM ME NEGRA, NEGRA!’ ‘E EU NÃO SOU UMA MULHER?’: MULHERES NEGRAS NA LUTA POR DIREITOS FRENTE A DOMINAÇÃO PATRIARCAL
Resumo
O presente artigo visa abordar a importância da luta das mulheres negras pelo direito à vida, à equidade e justiça social e por direitos frente às tentativas de dominação racial e de gênero diante de uma sociedade racista, sexista e estruturada sobre forte viés patriarcalista na sociedade de classes que alija o povo negro a grande contexto de desigualdade social e econômica. Carolina Maria de Jesus, Sourjorner Truth, Lelia Gonzales e Beatriz Nascimento no bojo de suas trajetórias podem nos levar a constatar a força das mulheres negras no questionamento da ordem vigente e das diferentes opressões, dos epistemícidios e das violências físicas e psicológicas, considerando que a mulheres negras elaboram suas experiências de gêneros, suas tecnologias de resistências de forma diferenciada da sociedade não negra. Tais mulheres são referenciais de questionamento dos diferentes papeis de gênero, dos lugares de raça e classe e são aqui citadas em razão de suas lutas, protagonismos e resistências frente aos meandros de configuração da violência dos colonizadores em territórios latino-americano.