CONTEXTO SOCIOAMBIENTAL E PERCEPÇÃO DA DOENÇA DE CHAGAS NO MUNICÍPIO DE BENJAMIN CONSTANT-AM
Palavras-chave:
Sustentabilidade; meio ambiente; saúde pública; população urbana; produtores artesanais.Resumo
A realidade socioambiental que desrespeitam as problemáticas sociais e sua relação com os problemas ambientais se tornam parâmetros de discussão e de políticas públicas para atingir o desenvolvimento sustentável. Neste aspecto, no estado do Amazonas nos últimos anos a doença de Chagas vem aumentando com casos para a área rural e urbana das cidades e um dos principais fatores que vem sendo observado, é a forma oral de contaminação da doença. Diante disso, este estudo analisou a percepção de moradores da população urbana e dos produtores artesanais sobre a doença de Chagas e das práticas socioambientais no município de Benjamin Constant no Alto Solimões, Amazonas. Trata-se de um estudo bibliográfico, documental e de campo com abordagem qualitativa e descritiva. As técnicas utilizadas para a coleta dos dados foram realização de entrevista orientada por um formulário semiestruturado contendo as questões sobre a doença de Chagas e questões socioambientais. O suporte utilizado para as atividades em campo foram imagens coloridas do inseto barbeiro (triatomíneo) e agente etiológico, folder informativo e registro fotográfico. Do levantamento documental as informações foram adquiridas nas Unidades de Vigilância Sanitária e Secretaria de Saúde nos municípios de coleta. O estudo alcançou uma amostra total de 115 indivíduos, distribuídos em 100 moradores da população urbana e 15 produtores artesanais de açaí no município de Benjamin Constant-AM. A faixa etária geral correspondeu dos 19 a 80 anos e o gênero que mais se destacou foi o feminino. Por fim, constatou-se que todos os dois grupos sociais entrevistados não conheciam a doença de Chagas, mas entendem a importância das questões socioambientais locais na região. Entende-se que na região do Alto Solimões, no estado do Amazonas determinantes culturais, sociais e econômicos justificam-se as problemáticas locais de cunho ambiental, de saúde pública e das desigualdades sociais. Para tanto, as atividades educativas, de sensibilização ambiental e de educação em saúde se tornam necessárias para a prevenção da doença de Chagas e das práticas socioambientais como foco na estrutura do planejamento de gestão pública nos municípios do Alto Solimões.