Uso de plantas medicinais e alimentícias no enfrentamento da COVID-19 em comunidades tradicionais no município de Abaetetuba, Pará, Brasil
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Etnobotânica##common.commaListSeparator## Conhecimento tradicional##common.commaListSeparator## Pandemia##common.commaListSeparator## SARS-COV-2要旨
A crise do novo Coronavírus desencadeou muitos colapsos, tanto na saúde, quanto na economia e em todos os setores sociais. Diante da carência de políticas públicas em saúde, populações tradicionais culturalmente recorrem à fitoterapia e cuidados próprios. Assim, a partir de sua percepção sobre a doença, esses sujeitos desenvolvem estratégias de prevenção e tratamento contra a COVID-19. Desta forma, o presente trabalho consistiu em investigar o uso de plantas medicinais e alimentícias no enfrentamento da COVID-19 em duas comunidades tradicionais na cidade de Abaetetuba, Pará. Metodologicamente, utilizou-se questionários aplicados com moradores e representantes das localidades para se obter dados sobre as espécies botânicas utilizadas para COVID-19. No total, foram aplicados 18 questionários, sendo 7 na comunidade Ramal do Piratuba e 11 na Ilha do Capim. Percebeu-se que para o enfrentamento da COVID-19 se foi aplicado nas localidades métodos não farmacológicos, como o uso de plantas medicinais e alimentícias. Foram citadas 18 espécies de plantas onde se destaca o alho (Allium sativum L.), maracujá (Passiflora edulis Sims) e açafrão (Curcuma longa L.) utilizados, principalmente, para aumentar a imunidade e tratar danos psicológicos causados pela pandemia. A maioria dessas espécies são compradas em feiras e casas de ervas, poucas são cultivadas. Portanto, o cuidado com as comunidades tradicionais é fundamental para que a cultura e os conhecimentos etnobotânicos desses povos permaneçam entre as gerações.