O ENSINO DE ECOLOGIA NA FLORESTA AMAZÔNICA POR MEIO DE ATIVIDADES PRÁTICAS

Autores/as

  • Larissa de Souza Saldanha SEDUC-AM
  • Felipe Sant’ Anna Cavalcante
  • Márcia Nascimento Pinto
  • Renato Abreu Lima Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

Resumen

O Exército Brasileiro tem sido um grande desbravador nas fronteiras do Brasil, nos últimos cinco anos em parceria com a UFAM onde tem ministrado para os acadêmicos do curso de licenciatura em Ciências: Biologia e Química na prática de campo da disciplina Ecologia Geral e da Amazônica, instruções de adaptação à Selva com objetivo de oferecer aos alunos o contato prático dos conceitos teóricos de ecologia no maior bioma brasileiro, a Amazônia. Durante três dias seguidos os acadêmicos passam pela experiência de adentrar em mata de terra firme na floresta. Inicialmente passam por Inspeção de Saúde com médicos do Exército e participam de Palestra sobre Floresta Amazônica no Auditório Vitória Régia em Tabatinga. Aprendem montagem da rede de selva para pernoite; instruções sobre obtenção de água e fogo; ofidismo: identificação e técnicas de captura de serpentes; cultura Amazônica: lendas folclóricas da Amazônia; técnicas de natação; visita ao Parque Zoobotânico do Comando de Fronteira Solimões/8° Batalhão de Infantaria de Selva (CFSol) do Exército em Tabatinga; instruções sobre abrigos improvisados e permanentes, técnicas de subida em árvores com peconha; caracterização da vida na Selva: rastreamento de animais e fauna amazônica e técnica de navegação na mata com uso de bússola. De 2013 a 2017 um total de 61 acadêmicos da UFAM participaram destas atividades. Com a realização da prática, é possível rever conceitos da ecologia para compreensão das peculiaridades próprias do bioma Amazônia. Em casos de acidentes e o indivíduo tiver que enfrentar o ambiente de Selva é possível adquirir alimentos da flora, sendo: açaí, bacaba, biriba, camu-camu, ingá, jenipapo, noni, pupunha, tucumã, patoá, cubiu, buriti, cacau, cupuaçu e castanha do Brasil e da fauna compreendendo: peixes: bodó curimatã, jiju, judiá, mapará, pacu, piau, tucunaré, bacu e pacu que são ricos em proteínas e vitaminas importantes para manutenção da vida. Além disso, os alunos aprenderam sobre a medicina natural utilizada por povos da Amazônia tais como: acapurana, andiroba, azeitona, carapanaúba, castanha do Brasil, cipó da bota, coirama, copaíba, jatobá, mururé, pobre velho, quebra pedra, unha de gato e chichuacha. A prática de campo foi muito proveitosa para os alunos, pois possibilitou contextualizar os conteúdos apreendidos na teoria. Os instrutores do Exército repassaram experiências necessárias para sobrevivência na selva, onde se notou uma satisfação de 100 % dos participantes que responderam uma ficha de avaliação da prática de campo que concordam que a mesma contribuiu para o desenvolvimento de competências específicas para o exercício profissional, para estreitar a relação teoria/prática, auxiliando no desenvolvimento de habilidades práticas relativas estabelecidas no plano da disciplina e consideram que foi valiosa para sua formação. As atividades práticas exercidas do Exército Brasileiro para os alunos da UFAM trazem um retorno muito significativo, pois permite uma excelente contextualização com a realidade amazônica, implementação da prática que favorece uma abordagem interdisciplinar entre as disciplinas de Botânica, Zoologia, Geografia, Meteorologia e Antropologia, interação entre acadêmicos, professores e militares e aquisição de conhecimentos práticos sobre conservação da fauna e flora.

Palavras-chave: Educação; Interdisciplinar; Sobrevivência na Selva.

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Biografía del autor/a

Larissa de Souza Saldanha , SEDUC-AM

Graduada em Ciências: Biologia e Química pelo Instituto de Natureza e Cultura (INC) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Atua na área de Botânica, Ensino e Ciências Ambientais. Mestra em Ciências Ambientais do Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente (IEAA), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), no município de Humaitá. Professora efetiva da Secretaria de Educação do Amazonas (SEDUC).

Felipe Sant’ Anna Cavalcante

Possui graduação Ciências Biológicas (Bacharelado e Licenciatura) pelo Centro Universitário São Lucas (UniSL), Especialista em Metodologia do Ensino Superior pelo UniSL (2019), Mestre em Ciências Ambientais do Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente (IEAA) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

Márcia Nascimento Pinto

Possui graduação em Licenciatura em Biologia pela Universidade Federal do Amazonas e mestrado em Botânica pela Universidade Federal de Viçosa. Atualmente é professor assistente da Universidade Federal do Amazonas. Atualmente, é doutoranda do Curso de doutorado em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade.

Renato Abreu Lima , Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

Possui graduação em Ciências Biológicas (Licenciatura e Bacharelado) pelo Centro Universitário São Lucas, Especialista em Gestão Ambiental pela mesma instituição, Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e Doutor em Biodiversidade e Biotecnologia pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Atualmente, é professor do Magistério Superior da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

Publicado

2021-07-01