EUCLIDES DA CUNHA E A EXPERIÊNCIA AMAZÔNICA

IMPRESSÕES GERAIS DA HILEIA MARAVILHOSA

Autores/as

  • Luís Ferando Ribeiro Almeida Universidade da Amazônia (UNAMA)
  • José Guilherme Oliveira Costa

Palabras clave:

Euclídes da Cunha, Amazônia, Seringueiro

Resumen

Este estudo faz parte de um grande quebra-cabeça: a compreensão da face amazônica do escritor fluminense Euclides da Cunha (1866-1909). Fala-se muito sobre um Euclides sertanejo, um Euclides histórico muito por conta da repercussão da sua obra-prima “Os Sertões” (1902), contudo após a experiência do autor com o então distante sertão nordestino – norte da Bahia – Euclides da Cunha já consagrado pela crítica, eleito membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), em 1903, começa a nutrir o desejo de ir para outras paragens do nosso imenso território, agora a região norte: o Amazonas. Nesse sentido, Euclides da Cunha segue para a região amazônica e dessa sua experiência resultaram importantíssimos textos que são verdadeiros retratos da terra e do homem amazônicos. Com base nessas preliminares, este artigo tem por objetivo analisar as impressões do autor quando dos seus primeiros contatos com esse novo espaço: imenso e ao mesmo tempo angustiante, a partir do que deixou registrado no texto “Impressões gerais”, primeiro capítulo da obra “À margem da História” (1909), enfatizando seu olhar atento para as configurações da Amazônia, bem como suas considerações a respeito da exploração dos seringueiros no período. Verifica-se no texto euclidiano já no início do século XX, questões que são debatidas hoje como preservação dos recursos naturais, bem como a atenção para os povos que têm nesse espaço um campo de subsistência.

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Publicado

2017-11-23

Número

Sección

Artigos