O brincar em comunidades quilombolas e as possibilidades de práticas curriculares

Autores/as

  • Neide Maria Fernandes Rodrigues de Sousa UFPA
  • Arlene Nascimento dos Santos SEMED

Resumen

O artigo objetiva compreender as brincadeiras nos quilombos em sua relação com as atividades curriculares de uma escola com classes multisseriadas. O brincar é uma atividade essencial na infância; por meio da ludicidade a criança significa o mundo a sua volta, expressa sentimentos e ações e constrói habilidades. A pesquisa foi realizada em duas comunidades quilombolas: Pimenteira e Bela Aurora no interior do estado do Pará, tendo como participantes dez moradores das comunidades e uma professora de uma escola da Comunidade quilombola. O levantamento ocorreu por meio de entrevista semiestruturada. Nos resultados, percebeu-se que as brincadeiras e brinquedos traduzem a identidade cultural dos quilombos, tanto na vida cotidiana dos moradores, como nas práticas curriculares na escola.  Além disso, os dados revelaram que apesar das brincadeiras tradicionais estarem presentes, com resgate de traços da história identitária das comunidades, os brinquedos industrializados também fazem parte do cotidiano da infância. Nas práticas curriculares ao longo do ano letivo a professora resgata as brincadeiras tradicionais da comunidade (pela via dos brinquedos feitos na comunidade, das atividades lúdicas locais e da contação de estória da vida da comunidade). Conclui-se que as brincadeiras tradicionais resistem, como parte de uma cultura local, porém, nos dias de hoje as brincadeiras têm sido ampliados por brinquedos industrializados ofertados pelo mercado midiático. Na escola na comunidade quilombola tem sido considerado as tradições do quilombo nas práticas curriculares.

 Palavras-chave: Brincadeiras tradicionais. Infância. Comunidade quilombola. Práticas curriculares

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Publicado

2024-01-03