EDUCAÇÃO: O HUMANO E A FORMAÇÃO HUMANA
Resumo
O presente ensaio discute a produção humana de sua humanidade e de sua desumanidade e sua relação com a educação, formação. Desde as obras mais remotas da ciência, a humanidade pode se aperceber em dilemas que a tornam orgulhosa de si e receosa, frustrada, sob riscos de si mesma, de suas produções. Quando o ser humano nasce, se configura como um projeto de humanidade, necessitando submeter-se a um processo de formação humana. Para Kant há a necessidade de dominar e superar o estado selvagem e o ingresso no mundo das leis; para Hegel o processo é a passagem do estado natural para o mundo do espírito. Freud identifica a submissão às leis como um fracasso e motivo de mal-estar na civilização. Adorno identifica a frustração, com este a partir deste mal-estar, com a geração da barbárie. Na leitura do povo Awaete se reconhece a necessidade da passagem de gente para se ser “verdadeiramente” gente. No campo da religião cristã, São Paulo reitera a realidade – e necessidade a caminho da salvação – da passagem do homem velho, para o homem novo. Uma das conclusões a que se pode chegar é apontada por Adorno, que defende a educação como “a produção de uma consciência verdadeira”. Como um ensaio, mantém-se aberta a discussão, no mais puro interesse filosoficamente humanizante: a busca da verdade.
Palavras chave: Educação-formação; Humano; Barbárie; Razão; Sociedade;