Superando falsas dicotomias sobre a ciência e seu ensino por meio de uma síntese materialista, histórica e dialética
DOI:
https://doi.org/10.52894/CECi.2763-6623.v1.n1.e202104Palavras-chave:
teoria do conhecimento, materialismo histórico-dialético, empirismo, filosofia da ciência, pedagogia histórico-críticaResumo
Este artigo tem como objetivo examinar perspectivas pedagógicas e epistemológicas hegemônicas na formação de professores de ciências por meio do materialismo histórico-dialético. O texto apresenta uma análise de princípios e teorias, nos âmbitos epistemológico e pedagógico, que fundamentam tendências tomadas como críticas, além de argumentos e propostas de diversos intelectuais marxistas, representando um esforço de síntese dialética que nega as conclusões e os raciocínios falsos de teorias anteriores, sem desprezar seu núcleo válido. Defendemos, então, quatro teses ao longo do texto: 1) “O ‘aprender a aprender’ não supera o empirismo”, mostrando como o construtivismo, o professor reflexivo e as pedagogias multiculturais não escapam às concepções empiristas que tão veementemente criticam; 2) “O conhecimento requer a educação dos sentidos”, defendendo que o materialismo histórico-dialético supera a falsa dicotomia entre os raciocínios indutivo e dedutivo; 3) “Não há dicotomia entre neutralidade e objetividade”, como propõem as perspectivas positivistas e multiculturais, sendo possível defender a objetividade dissociada da neutralidade; e 4) “Os conteúdos científicos justificam a necessidade da educação escolar”, considerando que a ciência é uma forma mais desenvolvida de explicar a realidade e a escola é a instituição mais adequada para transmitir tais conteúdos.
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