Pacto do Silêncio e Psicologia Fenomenológico-Existencial:
compreendendo especificidades!
Palavras-chave:
Pacto do Silêncio; Psicologia Fenomenológico-Existencial; Relacão terapêutica; Identidade; ExistênciaResumo
O pacto do silêncio pode ser entendido como fenômeno social que reflete a tendência de reprimir ou ignorar experiências e verdades que precisam ser expressas. Em contextos clínicos ou terapêuticos, esse pacto pode se manifestar como obstáculo significativo à comunicação e à compreensão mútua, resultando em espaço onde as emoções e as vivências do sujeito permanecem inarticuladas. A psicologia fenomenológico-existencial, por sua vez, enfatiza a importância do contexto vivido e das histórias pessoais na formação da identidade. É uma perspectiva teórica, qualitativa, que se consubstancia na possibilidade de compreender as várias dimensões presents na vivência do silenciamento presente na relação terapêutica e a importância da perspectiva fenomenológico-existencial na compreensão do que aí está presente. O discurso em torno do "Pacto do Silêncio" reforça a importância de abraçar dilemas existenciais na prática psicológica. Reconhece o silêncio como um instrumento poderoso que reflete a luta por identidade, significado e conexão em um mundo frequentemente caótico. Desse modo, promover a consciência das complexidades que cercam o silêncio em ambientes terapêuticos não apenas aprimora a compreensão das experiências vividas pelos clientes, mas também enriquece o próprio relacionamento terapêutico. Por meio dessa lente, o silêncio se transforma de barreira em catalisador para o crescimento, guiando os indivíduos em direção a maior compreensão de si mesmos e de seu lugar no mundo. Envolver-se cuidadosamente com o silêncio pode, em última análise, levar a experiência mais profunda da existência, onde os clientes aprendem a articular suas verdades e a resgatar suas vozes nas narrativas de suas vidas.