Mediação Metacognitiva e Ensino Inclusivo de Ciências junto a Estudantes com Deficiência Visual
Palabras clave:
Metacognição, Elaboração Dirigida, Inclusão escolar, Objetos Táteis.Resumen
O objetivo deste artigo é sistematizar e exemplificar a mediação metacognitiva numa perspectiva inclusiva, com foco no estudante com deficiência visual, a partir de uma sequência didática de Ensino de Ciências. A metacognição colabora neste processo com a capacidade de aprender a aprender. Pautado na aprendizagem significativa, os conteúdos são articulados e com sentido para/por quem aprende, em contraposição à mera memorização e reprodução sem compreensão e/ou engajamento. A metodologia ativa se coaduna a esta perspectiva e enfatiza o processo de ensino-aprendizagem dialógico almejando a reflexividade, a proatividade e a emancipação. O problema básico é que o ensino de Ciências Biológicas se apoia muito em imagens, o que traz dificuldades para o estudante com deficiência visual. Assim sendo, destaca-se a relevância da produção de materiais didáticos inclusivos, por exemplo, objetos táteis, que tenham uso recomendado a todos os estudantes. A oferta dos materiais educacionais é fundamental, mas o modo de mediar a aprendizagem na interação com o material enriquece a experiência de co-construção de conhecimento. A revisão narrativa realizada neste estudo encontrou evidências de impacto positivo da metacognição no ensino de Ciências. A discussão teórico-metodológica centrou-se na mediação educacional fundamentada no modelo de educação dirigida, considerando as quatro linguagens morfogenéticas (Forma, Designação, Imaginário e Recursão). A aplicação da elaboração dirigida foi exemplificada através de uma articulação inclusiva com uma proposta de sequência didática utilizando materiais táteis. Espera-se que o exemplo de mediação metacognitiva dissertado contribua para a práxis docente, com o fortalecimento do elo entre teoria e prática docente