FIOS QUE (SE) TECEM: DISCURSO, TRADIÇÃO E MEMÓRIA EM CONTOS POPULARES

Autores

  • Hildete Leal dos Santos Universidade Federal da Bahia. Secretaria de Educação do Estado da Bahia
  • Adelino Pereira dos Santos Universidade do Estado da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.29281/rd.v5i10.3367

Resumo

Tomando por base a teoria de Propp (1984) sobre as funções exercidas por personagens nos contos populares, neste trabalho consideramos conceitos e abordagem metodológica da Análise de Discurso de linha francesa (A.D.) para discutirmos sobre representações femininas em contos populares. Analisamos fragmentos de seis contos da tradição oral do interior da Bahia, versões locais de Cinderela, compilados nos anos finais da década de 1990, em comparação com uma matriz escrita de Perrault (1985). A análise revela que embora distantes no tempo e em diferentes condições de produção, as versões locais de Cinderela conservam as mesmas funções da matriz perraultiana, reveladoras de formações discursivas que colocam a mulher em condições de submissão e dependência do homem, em busca da redenção pelo casamento.  Na constituição desses sentidos, torna-se relevante o papel da memória, a perpetuar em tradição discursos que desconsideram as então atuais conquistas e reais condições de vida da mulher na sociedade.

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Biografia do Autor

Hildete Leal dos Santos, Universidade Federal da Bahia. Secretaria de Educação do Estado da Bahia

Mestre em Cultura, Memória e Desenvolviemento Regional. Doutoranda do Programa Doutorado em Cultura e Difusão do Conhecimento pela UFBA.

Adelino Pereira dos Santos, Universidade do Estado da Bahia

Doutor em Letras. Professor adjunto da Universidade do Estado da Bahia

Referências

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Dissertação de mestrado de um dos autores deste artigo, a ser inserida após a avaliação.

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Publicado

2018-01-07

Como Citar

DOS SANTOS, H. L.; DOS SANTOS, A. P. FIOS QUE (SE) TECEM: DISCURSO, TRADIÇÃO E MEMÓRIA EM CONTOS POPULARES. Revista Decifrar, Manaus, v. 5, n. 10, p. 51, 2018. DOI: 10.29281/rd.v5i10.3367. Disponível em: //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/3367. Acesso em: 20 dez. 2024.