EDUARDO KAC: ESCREVER PARA NÃO MORRER (POR UM BRILHO POÉTICO)
Abstract
Eduardo Kac: escrever para não morrer (por um brilho poético)
Resumo: No presente ensaio, analiso ontologicamente a produção poética de Eduardo Kac, tomando como objeto basilar uma obra experimental derivada do projeto “História Natural do Enigma”. Abordamos conceitos foucaultianos sobre o ser literário, sob os temas de transgressão e simulacro, o que nos leva, igualmente, às reflexões de Jean Baudrillard. Tomo a questão blanchotiana “escrever para não morrer”, para se pensar a escritura biopoética de Kac e, em especial, refletir sobre a leitura da obra “Edunia”, a mostrar, assim, como esta mantém um brilho poético que pode muito bem ser inscrito na dimensão da escritura/leitura poética. Busco evidenciar, em suma, como Kac situa-nos nos limites do literário e também, criticamente, nos limites físicos e estéticos da arte poética.
Palavras-chaves: Eduardo Kac; biopoesia; Blanchot; Foucault; experimentalismo
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