A EROTIZAÇÃO DO COTIDIANO NA POÉTICA DE LUIS CARLOS GUIMARÃES
DOI:
https://doi.org/10.29281/rd.v8i15.7704Resumo
O presente trabalho analisa aspectos temáticos da obra do poeta norte-rio-grandense Luis Carlos Guimarães. A intenção primeira deste artigo focaliza, no entanto, um tema em particular: a representação do feminino a partir da erotização de elementos do cotidiano. Especificamente na poética desse autor, percebe-se que a erotização desses elementos sempre passa por uma feminização. Como o erótico está invariavelmente ligado ao amor e ao sexo e essa dupla ligação tem levado a vários estudos sobre sua presença em todas as áreas do conhecimento, não há como negar, portanto, a sua importância dentro da literatura, até mesmo como propulsor do fazer poético tanto feminino quanto masculino. A fim de analisar mais a fundo essas questões, tomou-se como aporte teórico as discussões promovidas por Octavio Paz, em A Chama dupla (1993), e Georges Bataille em O Erotismo (1997). A visão desses dois autores sobre o erotismo permitiu estabelecer as ligações necessárias com o fazer poético e perceber como a literatura erótica tem sido vista ao longo da história: obscena, menor, pornográfica. Isso significa que ela tem se insurgido contra padrões do amor e da noção de corpo, o que a torna transgressora, violadora dos códigos morais. Dessa forma, a maneira como o feminino se apresenta na poesia de Luis Carlos Guimarães, quer seja através da representação sensual de frutas ou explicitamente pela descrição do corpo da mulher, é significativo para a compreensão das inúmeras formas que a sexualidade e mais particularmente a representação de gênero podem ser assumidas no ato poético.
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