A EROTIZAÇÃO DO COTIDIANO NA POÉTICA DE LUIS CARLOS GUIMARÃES

Autores

  • Ilane Ferreira Cavalcante (IFRN)
  • José Marcelino Ferreira Júnior (SEEC/RN)

DOI:

https://doi.org/10.29281/rd.v8i15.7704

Resumo

O presente trabalho analisa aspectos temáticos da obra do poeta norte-rio-grandense Luis Carlos Guimarães.  A intenção primeira deste artigo focaliza, no entanto, um tema em particular: a representação do feminino a partir da erotização de elementos do cotidiano. Especificamente na poética desse autor, percebe-se que a erotização desses elementos sempre passa por uma feminização. Como o erótico está invariavelmente ligado ao amor e ao sexo e essa dupla ligação tem levado a vários estudos sobre sua presença em todas as áreas do conhecimento, não há como negar, portanto, a sua importância dentro da literatura, até mesmo como propulsor do fazer poético tanto feminino quanto masculino. A fim de analisar mais a fundo essas questões, tomou-se como aporte teórico as discussões promovidas por Octavio Paz, em A Chama dupla (1993), e Georges Bataille em O Erotismo (1997). A visão desses dois autores sobre o erotismo permitiu estabelecer as ligações necessárias com o fazer poético e perceber como a literatura erótica tem sido vista ao longo da história: obscena, menor, pornográfica. Isso significa que ela tem se insurgido contra padrões do amor e da noção de corpo, o que a torna transgressora, violadora dos códigos morais. Dessa forma, a maneira como o feminino se apresenta na poesia de Luis Carlos Guimarães, quer seja através da representação sensual de frutas ou explicitamente pela descrição do corpo da mulher, é significativo para a compreensão das inúmeras formas que a sexualidade e mais particularmente a representação de gênero podem ser assumidas no ato poético.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2020-12-10

Como Citar

FERREIRA CAVALCANTE, I.; FERREIRA JÚNIOR , J. M. A EROTIZAÇÃO DO COTIDIANO NA POÉTICA DE LUIS CARLOS GUIMARÃES. Revista Decifrar, Manaus, v. 8, n. 15, p. 25–37, 2020. DOI: 10.29281/rd.v8i15.7704. Disponível em: //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/7704. Acesso em: 26 dez. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS (DOSSIÊ)