A REPRESENTAÇÃO DO SUBLIME NO CONTO “A ENCHENTE”, DE ARTHUR ENGRÁCIO
DOI:
https://doi.org/10.29281/rd.v8i15.6434Resumo
O objetivo do presente trabalho é refletir sobre a representação do sublime enquanto categoria estética no conto “A enchente”, que integra a coletânea A vingança do boto, do escritor amazonense Arthur Engrácio (1995). Para alcançar este fim, partimos da hipótese de que o texto ficcional em análise divide-se em três momentos, sendo que o primeiro concentra os elementos do sublime incidentes na narrativa, o segundo os dilui e o terceiro os exclui do discurso ficcional. Nossa abordagem teórica é desenvolvida a partir da concepção clássica elaborada por Dionísio Longino (2015) no tratado Do Sublime e da tipologia do conceito estabelecida por Edmund Burke (2016) no estudo Investigação filosófica sobre a origem de nossas ideias do Sublime e da Beleza. Seguindo estes referenciais, observamos os elementos imagéticos, semânticos e tropológicos do texto, como base nos quais inferimos como a figuração da natureza e o sentimento de medo e terror vivido pelos personagens configuram-se como manifestação do sublime.
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