O SUBALTERNO E A ESCRITA DE PRISÃO NA OBRA MEMÓRIAS DE UM SOBREVIVENTE DE LUIZ ALBERTO MENDES

Autores

  • Abdias Correia de Cantalice Neto SECE-PB

DOI:

https://doi.org/10.29281/rd.v6i11.4303

Resumo

O presente artigo analisa na obra Memórias de um sobrevivente, de Luiz Alberto Mendes, a escrita de si, que resultando de uma escrita autobiográfica produzida sobre a experiência de cárcere, se coloca na condição de literatura testemunhal e sua condição de subalterno.  A obra traz elementos da memória e da história de vida do próprio autor, narrando momentos de fortes relações de subalternidades e da construção do sujeito da voz. Abordaremos nuanças da memória e da subalternidade, adotando uma nova nomenclatura: a dupla subalternidade, por se tratar de um escritor pobre, portanto subalterno, e um escritor na condição de preso, ou seja, duplo subalterno. O presente estudo abordará ainda a resistência ao discurso dominante através da voz de um escritor preso. Trago questões sobre a multidão e o que o preso representa dentre os muitos na construção do espaço e do discurso. Aborda-se a questão da subalternidade e o posicionamento do escritor pobre e preso, diante desta performance do subalterno. Portanto, tenta-se adequar o conceito de obra literária produzida na prisão com o conceito de literatura de multidão. Escrita de muitos. Posicionamento e reposicionamento do sujeito da voz como subalterno no campo literário.

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Publicado

2018-06-01

Como Citar

CANTALICE NETO, A. C. de. O SUBALTERNO E A ESCRITA DE PRISÃO NA OBRA MEMÓRIAS DE UM SOBREVIVENTE DE LUIZ ALBERTO MENDES. Revista Decifrar, Manaus, v. 6, n. 11, p. 147–161, 2018. DOI: 10.29281/rd.v6i11.4303. Disponível em: //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/4303. Acesso em: 19 dez. 2024.