A IMPOSSIBILIDADE DO TESTEMUNHO EM OS MEMORÁVEIS, DE LÍDIA JORGE
Resumo
Uma primeira reflexão acerca da Imprensa em um capítulo do livro O Contrato Sentimental (2009), nos coloca em evidência o compromisso com a verdade que a obra de Lídia Jorge possui. A partir disso, este trabalho objetiva a análise do romance Os Memoráveis (2014), no que se refere à impossibilidade do testemunho dos personagens que rememoram a história portuguesa, ao se verem em uma fotografia registrada na época da Revolução dos Cravos. Nessa perspectiva, os textos de Alain Badiou, Georges Didi-Huberman, Márcio Seligmann-Silva, Isabel Allegro de Magalhães, Silvina Rodrigues Lopes e outros, foram fundamentais para elucidar-nos acerca do caráter testemunhal da escrita de Lídia Jorge.
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Referências
BADIOU. Alain. Métaphysique du bonheur réel. Paris: puf, 2015.
DIDI-HUBERMAN, Georges. Quando as imagens tocam o real. Pós: Belo Horizonte, v. 2, n. 4, p. 204 – 219, nov. 2012.
JORGE, Lídia. Imprensa. In: O contrato sentimental. Lisboa: Sextante Editora, 2009.
___________. Os Memoráveis. 3ª ed. Lisboa: Dom Quixote, 2014.
LOPES, Silvina Rodrigues. Defesa do atrito. In: Literatura, defesa do atrito. 2ª ed. Belo Horizonte: Chão da Feira, 2012.
MAGALHÃES, Isabel Allegro de. Narrativas da Guerra Colonial: imagens fragmentadas da nação. In: Capelas Imperfeitas. Lisboa: Livros Horizonte, 2002.
PAZ, Octavio. O arco e a lira. 2ª ed. São Paulo: Cosac Naify, 2012.
SELIGMANN-SILVA, Márcio. Narrar o trauma – A questão dos testemunhos de catástrofes históricas. In: Psicologia Clínica. Rio de Janeiro, vol. 20, n. 1. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.phppid=S010356652008000100005&script=sci_abstract&tlng=pt> Acesso em: 28/11/2016.
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